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Três ministros se afastam do governo israelense

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do partido Likud, Benjamin Netanyahu, apresentou à secretaria do governo as cartas de demissão de três de seus quatro ministros, informou hoje a rádio pública israelense. Netanyahu enviou as mensagens ao governo israelense pouco após recebê-las esta manhã e depois de protagonizar um enfrentamento com os titulares das pastas, que inicialmente se negavam a submeter-se a sua decisão de deixar o Executivo. Tratam-se da ministra de Educação, Limor Livnat; o titular de Agricultura, Yisrael Katz, e o da Saúde, Dani Nave. Por sua parte, o ministro das Relações Exteriores, Silvan Shalom, o único que até agora não acatou a ordem de Netanyahu, deve apresentar sua carta de renúncia no domingo, informou a emissora. Os partidários de Netanyahu acusaram, nesta quinta-feira, Shalom de ter pressionado os outros três para que não deixassem o governo. Com a provável renúncia de Shalom, o primeiro-ministro israelense interino, Ehud Olmert, ficará com um governo de apenas seis ministros, todos eles do Kadima, até as eleições gerais de 28 de março. O jornal israelense Ha´aretz informa hoje que os quatro ministros criticam Netanyahu por não os ter consultado antes de definir a data exata para que se retirassem do governo. Além disso, os ministros destacam que se estudava a possibilidade de convocar o Comitê Central do Likud para tomar uma decisão conjunta. A princípio, os ministros rejeitaram a solicitação que Netanyahu fez ontem à noite porque pretendiam permanecer em seus postos até a realização das eleições, pois, segundo argumentavam, o Likud deve apresentar-se ao pleito numa posição de liderança. E também consideram que a exigência de afastamento se trata de uma manobra de Netanyahu, que renunciou ao cargo de ministro das Finanças, em 7 de agosto, em protesto pela retirada israelense da Faixa de Gaza, para se transformar em líder da oposição. Segundo os observadores, Netanyahu obrigou a demissão por suspeitar de que sua capacidade de controlá-los seria menor se continuassem como ministros e se consolidassem na lista eleitoral do partido.

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