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Três soldados americanos mortos em explosão no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Insurgentes emboscaram duas patrulhas militares dos EUA ao norte de Bagdá em dois ataques separados com bombas à beira da estrada e troca de tiros neste domingo, matando três soldados e um civil iraquiano. Ao mesmo tempo, um refém filipino no Iraque corria hoje o risco de ser assassinado após o governo de Manila rejeitar as exigências de seus captores de retirar antes suas tropas das forças de coalizão lideradas pelos EUA. Avisada pelo governo no sábado de que Angelo de la Cruz estava perto de ser libertado, sua família entrou em pânico depoois que os militantes lançaram uma nova ameaça de matá-lo se Manila não se comprometesse até as 23 horas de hoje (16 horas de Brasília) a retirar seus 51 soldados até o dia 20 deste mês. Em um vídeo supostamente dos militantes divulgado neste domingo pela emissora de televisão em língua árabe al-Arabiya, um homem mascarado segurando uma espada disse que se os filipinos cumprirem as exigências do grupo, De la Cruz não continuará sendo um refém, mas continuará sob a proteção do grupo como prisioneiro de guerra. Depois que as tropas filipinas deixarem o país, ele será libertado, disse o homem mascarado. Uma pequena esperança surgiu para dois motoristas de caminhões búlgaros que, segundo o governo de Sófia, ainda estavam vivos após o prazo dado por seus seqüestradores ter expirado na sexta-feira à noite. Os seqüestradores disseram que matariam Georgi Lazov, de 30 anos, e Ivailo Kepov, de 32 anos, a menos que os EUA libertem os prisioneiros no Iraque. Em outros episódios de violência, insurgentes degolaram um tradutor iraquiano que trabalhava para as forças dos EUA na cidade de Kirkuk, norte do país, e um coronel e um policial iraquianos foram gravemente feridos a tiros em dois ataques distintos nessa mesma cidade. Em Basra, no sul, dois clérigos sunitas foram mortos a tiros no sábado à noite perto de uma mesquita, informaram funcionários da cidade, predominantemente xiita. O motivo dos assassinatos não estava claro. Quatro marines dos EUA morreram sábado em um acidente de automóvel perto de Faluja, oeste, informaram ontem as forças militares, desmentindo informações anteriores de que eles haviam morrido em ação. Em Baquba, ao norte de Bagdá, cerca de 100 pessoas marcharam pelas ruas gritando slogans pró-Saddam, brandindo rifles e carregando pôsteres com a foto do ex-ditador. No entanto, em Bagdá, manifestantes improvisaram um falso julgamento e a execução de Saddam, representado por um boneco de pano que foi queimado. No bairro de Sadr City, periferia de Bagdá, cinco mulheres que se qualificaram de "grupo suicida iraquiano" ameaçaram matar os advogados que representam o ex-ditador. Salem Chalabi, o advogado iraquiano que está organizando o julgamento de Saddam, visitará Teerã em breve para discutir as acusações que o Irã quer apresentar contra o ex-presidente do Iraque. Irã e Iraque travaram uma guerra entre 1980 e 1988. Saddam apareceu em um tribunal no dia 1.º, onde foi acusado de crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio. Funcionários que trabalham na reconstrução da indústria petrolífera iraquiana disseram que os sabotadores que estão lançando ataques contra a infra-estrutura elétrica e de petróleo do Iraque parecem ser funcionários da área ou pessoas que recebem informações de dentro. Um funcionário ocidental disse que os recentes ataques "precisos" aumentaram os danos à já crítica infra-estrutura. Segundo o primeiro-ministro interino Iyad Allawi, os sabotadores atacaram os oleodutos mais de 130 vezes nos últimos sete meses, provocando perdas milionárias.

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