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Tribunal aceita pedido para investigar morte de Diana

Mohamed al-Fayed, pai de vítima que estava com princesa, conseguiu a realização de investigação judicial depois que juíza disse que ia conduzir caso sozinha

Por Agencia Estado
Atualização:

O Tribunal Superior de Londres aceitou nesta sexta-feira, 2, o pedido de Mohamed al-Fayed, dono das lojas de departamento Harrods para que haja um júri na investigação judicial sobre a morte da princesa Diana e de seu filho Dodi al-Fayed. Em uma medida considerada sem precedentes, o Tribunal Superior de Londres deu a razão a Fayed e decidiu que o processo judicial sobre o caso aconteça com a presença de júri. Em 19 de fevereiro, os advogados de Fayed pediram ao tribunal uma revisão judicial da decisão que exclui o júri no processo judicial sobre a morte de Diana e Dodi. Fayed fez a solicitação depois que Butler-Sloss decidiu instruir o caso sozinha e sem júri. Os juízes da Corte deixaram, no entanto, claro que a juíza instrutora do caso, Elizabeth Butler-Sloss, não pode presidir o processo sem júri, e pediram que "reconsidere" sua decisão à luz desta decisão judicial. Além disso, os magistrados rejeitaram os pedidos para que Butler-Sloss fosse retirada do caso."Repetimos que, em nossa opinião, não há razão para que Butler-Sloss não deva continuar à frente desta investigação", afirmaram os juízes. O milionário egípcio está convencido de que Diana e seu filho foram assassinados e negou-se a aceitar a investigação policial, que concluiu que o casal morreu em um "acidente trágico". Fayed disse à imprensa que a decisão é um passo muito importante para esclarecer o que aconteceu em Paris. "Este não é o final do caminho, mas um passo importante. Agora, deve-e permitir ao júri ouvir todas as evidências, mas temo que pode haver tentativas de escondê-las. Se isso acontecer, haverá outra batalha pela qual terei que lutar", acrescentou. Diana, Dodi e o motorista do veículo onde estavam, Henri Paul, morreram em 31 de agosto de 1997 quando o carro bateu contra uma coluna na ponte de Alma, em Paris. Segundo Fayed, o casal foi vítima de uma conspiração dos poderes do Estado britânico para impedir que se casassem. Os advogados de Fayed argumentaram que a decisão da juíza era "defeituosa" e "incorreta do ponto de vista legal". O Tribunal Superior anunciou seu ditame dias antes do começo, na próxima segunda-feira, da segunda audiência preliminar sobre a investigação judicial sobre a morte de Diana e Dodi al-Fayed. A primeira audiência preliminar aconteceu em 8 de janeiro, depois da conclusão da investigação policial sobre o caso, que estabeleceu que a morte do casal foi um acidente e que não houve uma conspiração para assassinar nenhum dos ocupantes do carro. A investigação judicial começou em 2004, mas o juiz de instrução Michael Burgess - que foi substituído por Butler-Sloss - decidiu adiá-la até que as forças da ordem concluíssem sua ivestigação. Os filhos de Diana, os príncipes William e Harry, pediram em janeiro passado que este processo judicial chegue "rapidamente" a uma conclusão.

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