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Tribunal de Viena confirma condenação de historiador que nega o Holocausto

David Irving foi condenado a três anos de prisão por ter negado o Holocausto contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

A Suprema Corte da Áustria rejeitou o recurso judicial apresentado pelo polêmico historiador britânico revisionista David Irving contra sua condenação a três anos de prisão, sentenciada em 20 de fevereiro por um Tribunal regional de Viena, por ter negado o Holocausto contra o povo judeu. Segundo informa nesta segunda-feira a agência de notícias austríaca APA, a Corte desprezou os argumentos apresentados pelos advogados do historiador, mas não se pronunciou sobre a duração da pena. Assim, a condenação fica confirmada, mas sua duração poderia ser revisada em uma nova reunião do Tribunal regional de Viena, que pode ser realizada dentro de dois meses. Durante seu julgamento, o historiador, de 67 anos, se declarou culpado pelo crime previsto no código penal austríaco como "negacionismo", ou seja, a negação do Holocausto e dos crimes nazistas contra a humanidade, o que lhe deu popularidade nos círculos revisionistas de extrema direita. A condenação se baseia em dois discursos públicos de Irving na Áustria, realizados em 1989, nos quais negou a existência de câmaras de gás no antigo campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Além disso, alegou que a "Noite dos Cristais", primeira grande perseguição violenta contra os judeus da Alemanha e da Áustria, em 1938, não foi feita pelos nazistas. Irving foi detido durante uma operação policial em uma estrada no sul da Áustria, em novembro do ano passado, e está em uma prisão de Viena desde então.

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