Tribunal do Paquistão acusa polícia e Talebã por morte de Benazir Bhutto

Corte antiterrorismo acusou policiais por falhas na segurança que levaram a assassinato de ex-primeira-ministra em 2007.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

Um tribunal antiterrorismo do Paquistão acusou dois importantes oficiais da polícia do país por falhas na segurança e por não terem conseguido proteger a ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, que morreu assassinada em 2007. Um dos oficiais de polícia acusados foi Saud Aziz, chefe da polícia de Rawalpindi em 2007, cidade onde Bhuto foi assassinada. Ele e o outro policial foram presos há quase um ano. De acordo com a agência de notícias Reuters, o promotor Mohammad Azhar disse que os dois policiais foram acusados de "mudar os planos de segurança para Benazir Bhuto". Cinco militantes do Talebã também foram acusados de associação criminosa. Todos os sete negam as acusações. Bhutto foi assassinada em dezembro de 2007, vítima de um atentado suicida enquanto participava de uma carreata eleitoral. Ela foi primeira-ministra do Paquistão por duas vezes - entre 1988 e 1990 e entre 1993 e 1996. Fugitivo Depois da morte de Benazir Bhutto, o partido dela, Partido do Povo Paquistanês, venceu as eleições gerais e o viúvo da ex-primeira-ministra, Asif Ali Zardari, assumiu a Presidência, depois da renúncia de Pervez Musharraf. Segundo a agência de notícias AFP, os cinco militantes do Talebã estão presos há quase quatro anos. Eles são acusados de trazer o suicida para Rawalpindi, para que ele realizasse o ataque. Outros três suspeitos, incluindo o líder do Talebã paquistanês, Baitullah Mehsud, foram mortos. Mehsud foi morto em um ataque americano em 2009. Dois suspeitos continuam foragidos. Pervez Musharraf, presidente do Paquistão na época do assassinato de Bhutto, também foi implicado no crime. O tribunal antiterrorismo determinou uma ordem de prisão para Musharraf em fevereiro de 2011 devido ao que o tribunal afirmou ser o fracasso do ex-presidente em garantir a segurança de Bhutto. O ex-presidente nega as acusações. Musharraf foi declarado fugitivo depois de não comparecer ao tribunal em fevereiro. E, em agosto, o tribunal determinou o confisco de seus bens e o congelamento de suas contas bancárias no Paquistão. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.