09 de janeiro de 2014 | 14h05
CAIRO - Uma corte egípcia condenou 113 seguidores da Irmandade Muçulmana nesta quinta-feira, 9, pela participação em revoltas, ataques contra a polícia e porte de armas. Os três processos separados foram levados à Justiça após uma série de protestos contra o governo apoiado pelo Exército.
As autoridades conduzem uma dura repressão contra a Irmandade desde que os militares depuseram o presidente islamita Mohamed Morsi em julho, após protestos em massa.
O atual governo acusa a Irmandade de recorrer à violência e em 25 de dezembro a classificou como um grupo terrorista. A organização alega estar comprometida com protestos pacíficos.
As decisões judiciais desta quinta-feira incluem a condenação de 63 pessoas a três anos de prisão em um único processo, uma das maiores condenações em massa até o momento. O juiz multou cada um dos condenados em 50 mil libras egípcias (US$ 7,2 mil).
Foi estabelecida uma fiança de 5 mil libras egípcias, o que permite aos réus evitar a prisão enquanto recorrem. O caso corresponde a um protesto realizado no fim de novembro.
Em um caso separado, outros 24 seguidores da Irmandade foram condenados a três anos de prisão e trabalho comunitário por confrontos ocorridos na mesma época, mas em uma parte diferente do Cairo.
No terceiro processo, a corte condenou 26 estudantes da Universidade Al-Azhar a 2 anos e meio de prisão cada, também por acusações que incluem o ataque contra forças de segurança, agrupamento ilegal e vandalismo. A universidade no Cairo tem sido cenário de frequentes protestos contra o governo, desde a queda de Morsi./ REUTERS
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