Os bolivianos vão poder escolher quem será o novo presidente do país no domingo, 3 de maio, mais de seis meses depois das polêmicas eleições que provocaram uma convulsão social que resultou na renúncia de Evo Morales e na posterior posse de Jeanine Áñez, que se declarou presidente interina, prometendo organizar eleições no menor tempo possível.
"No primeiro domingo do mês de maio, até aí posso adiantar", disse o vice-presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), Oscar Hassenteufel, consultado sobre a data das eleições.
A Bolívia voltará às urnas após as eleições de 20 de outubro, vencidas pelo então presidente, Evo Morales, que renunciou em meio a denúncias de fraude, confirmadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
As autoridades do TSE na ocasião acabaram detidas por envolvimento em fraude eleitoral, enquanto Morales fugiu do país e agora está asilado na Argentina.
Pré-candidatos
No momento há vários pré-candidatos, e o líder nas pesquisas é o jovem líder "cocalero" Andrónico Rodríguez, considerado o herdeiro político de Morales, com 23% das intenções de voto, seguido pelo ex-presidente Carlos Mesa, com 21%, segundo colocado na eleição de outubro.
Rodríguez ainda aguarda a decisão final do Movimento aos Socialismo (MAS), diante da pretensão de outro candidato do partido de Morales, o ex-chanceler David Choquehuanca.
Os líderes civis regionais Luis Fernando Camacho e Marco Antonio Pumari, chaves nos protestos que derrubaram Morales, aparecem com 13% e 10% das intenções de voto, respectivamente.
O cronograma eleitoral deve definir vários atos, como o prazo para a inscrição de candidatos, tempo de campanha, publicidade e data de um eventual segundo turno. / AFP