Tribunal holandês condena hutu por assassinatos em Ruanda

Réu foi condenado a 20 anos de prisão por mortes durante genocídio no país africano, em 1994.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Um tribunal em Haia, na Holanda, condenou nesta segunda-feira um cidadão de Ruanda por tortura durante o genocídio no país africano, em 1994. Joseph Mpambara, que pertence à etnia hutu, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte de duas mulheres e pelo menos quatro crianças. Segundo relatos da acusação, Mpambara atacou uma ambulância com a qual as vítimas, da etnia tutsi, tentavam escapar do conflito. As vítimas teriam sido golpeadas com machados e facas até a morte. Mpambara também foi considerado culpado de uma segunda acusação de tortura: a de ameaçar a vida de um médico alemão, sua mulher tutsi e o filho do casal, enquanto eles tentavam escapar de Ruanda. O réu, no entanto, foi inocentado dos assassinatos de membros da etnia tutsi que estavam escondidos em uma igreja por inconsistência nos testemunhos. Em um julgamento complexo, os juízes também inocentaram Mpambara da acusação de crimes de guerra, porque ele não fazia parte do exército ruandês. Cerca de 800 mil membros da minoria tutsi e e hutus moderados foram mortos por milícias hutus em apenas cem dias de 1994. O caso de Mpambara chamou a atenção das autoridades holandesas depois que seu pedido de asilo no país foi negado em 1998. As leis holandesas permitem o julgamento de suspeitos de cometer crimes de guerra no exterior. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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