Tribunal militar ordena prisão de ex-chefe da guarda de Chávez

Segundo o advogado de Vietri Vietri, o Ministério Público fez o pedido a partir da denúncia de um oficial do Exército

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CARACAS - Um tribunal militar da Venezuela confirmou na segunda-feira 28 a prisão do general José Vietri Vietri, ex-chefe da guarda presidencial de Hugo Chávez em 2002, acusado pelo crime de "instigação à rebelião", informou nesta terça-feira, 29, seu advogado, Alonso Medina.

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"Hoje o tribunal militar primeiro de controle ratificou a medida privativa ao general Vietri Vietri pelo crime de instigação à rebelião", afirmou o advogado, acrescentando que o militar foi detido na sexta-feira.

Medina explicou que o Ministério Público fez a solicitação à Justiça "em atendimento a uma denúncia interposta por um oficial superior do Exército para a direção de contra-inteligência militar na qual manifestava que foi alvo de escutas feitas pelo general Vietri Vietri".

De acordo com a defesa, não existe outro elemento que possa confirmar o que foi denunciado pelo oficial do Exército. "O general Vietri Vietri desconhece as intenções deste oficial ao apresentar essa denúncia, já que os fatos denunciados são totalmente falsos."

O advogado disse que Vietri Vietri explicou ter havido uma reunião entre os dois militares, na qual "o oficial superior manifestou seu descontentamento com algumas personalidades do governo por não ter sido promovido".

Nos próximos cinco dias a defesa apresentará um recurso de apelação, disse o advogado. O Ministério Público tem 45 dias para rever a investigação do caso.

Em abril, Medina informou sobre o caso de três generais e um capitão reformado das Forças Armadas que foram presos e acusados por um tribunal militar de Caracas por instigação à rebelião e fazer parte de um grupo de militares que pretendia dar um golpe de Estado contra o presidente Nicolás Maduro.

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Sobre isso, Medina disse nesta terça que a audiência preliminar, que ocorre em um tribunal diferente da ação contra Vietri Vietri, está marcada para quarta.

Maduro fala em diferentes oportunidades, desde que assumiu a presidência, que existem planos para derrubá-lo e assassiná-lo. Uma dessas denúncias foi feita no final de maio, quando dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que governa o país, afirmaram que um grupo de opositores, incluindo a ex-deputada María Corina Machado, planejava o magnicídio e o golpe de Estado contra Maduro. /EFE

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