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Tropas de Kadafi invadem Misrata

Governo líbio promete dar armas a um milhão de pessoas; Kadafi promete guerra longa ao Ocidente

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Por Redação
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Tropas leais ao ditador líbio, Muamar Kadafi, invadiram a cidade de Misrata, a 210 km de Trípoli, a última sob controle rebelde no oeste do país, disseram moradores à Reuters. Tropas e tanques foram empregados na invasão. Ontem, ataques aéreos da coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Canadá e Itália bombardearam defesa antiaérea na entrada da cidade.

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Mais cedo, a agência estatal líbia Jana - controlada por Kadafi - prometeu distribuir armas a mais de 1 milhão de pessoas. Citando o Ministério da Defesa líbio, a agência informou que a distribuição deve terminar nas próximas horas.Kadafi voltou a falar sobre o bombardeio liderado pelas potências ocidentais e prometeu uma 'guerra longa' contra elas. "Não deixaremos nossa terra e a libertaremos", declarou. A rede de televisão transmitiu a voz de Kadafi, mas não mostrou as imagens do líder da nação africana. Ontem, Kadafi havia acusado as potências ocidentais de travar uma segunda cruzada e prometeu 'abrir os depósitos de armas a todos os líbios'. A TV estatal, que também é controlada pelo ditador, informou que lo menos 48 pessoas morreram e 150 ficaram feridas nos ataques realizados pela coalizão internacional. Estes dados não foram verificados por órgãos de imprensa independentes. Uma coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Itália e Canadá deu início no sábado, 19, a uma intervenção militar no país, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de 'quaisquer medidas necessárias' para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi. A intervenção foi anunciada ontem em Paris pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, após uma reunião entre países árabes, europeus, Canadá e EUA. Ele acusou Kadafi de desdenhar os ultimatos internacionais e prometeu agir para conter o que chamou de 'loucura assassina' na Líbia. "Nosso dever é apoiar os povos árabes. Nossa determinação é total", disse. Leia ainda:

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Com Reuters e AP

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