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Tropas do governo sírio impedem ataque rebelde em escola de polícia

Ação ocorre após Assad pedir que sírios combatam os rebeldes, chamados de extremistas religiosos

Por AE
Atualização:

BEIRUTE, LÍBANO - Meios de comunicação estatais sírios informaram nesta segunda-feira, 7, que tropas do governo repeliram um ataque rebelde contra uma escola de polícia na cidade de Alepo, norte do país. A ação ocorreu um dia depois de o presidente Bashar Assad ter pedido aos sírios que combatam os rebeldes, descritos por ele como extremistas religiosos. Segundo a agência de notícias Sana, sem divulgar números, integrantes de um "grupo terrorista" foram mortos e feridos durante confronto ocorrido na noite de domingo. O governo e a mídia ligada ao regime se referem aos rebeldes como terroristas. Alepo, a maior cidade do país, que já foi um polo comercial, é uma importante frente da guerra civil desde julho. Os rebeldes conseguiram avanços significativos na cidade, na região leste e na capital, Damasco, levando a guerra civil cada vez para mais perto da sede do poder de Assad.

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Em seu discurso no domingo, o presidente sírio definiu os termos para um plano de paz, mas recusou qualquer possibilidade de diálogo com os "criminosos assassinos" que, segundo ele, foram responsáveis pelos quase dois anos de violência. Cerca de 60 mil pessoas morreram, segundo a estimativa mais recente da Organização das Nações Unidas (ONU). Os confrontos continuaram nesta segunda-feira, um dia após o discurso de Assad. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, informou que os rebeldes entraram em conflito com tropas do governo nos subúrbios de Damasco, dentre eles Daraya, ao sul da capital. De acordo com o grupo, o Exército enviou novos reforços para a realização de uma ofensiva com o objetivo de expulsar os rebeldes do distrito, localizado apenas a alguns quilômetros de uma estratégica base aérea. As cidades nas proximidades de Damasco têm registrado graves confrontos nas últimas semanas e os rebeldes tentam avançar sobre as fortes defesas do governo na capital.

O Observatório também relatou a ocorrência de confrontos na província de Deir el-Zor, no leste, e na região central de Homs, além de conflitos na província de Deraa, no sul, local de nascimento do levante, em março de 2011.Não havia informações sobre mortos e feridos nesta segunda-feira. Pelo menos 80 pessoas foram mortas em todo o país no domingo, segundo o Observatório, que recebe informações de ativistas que continuam no país.

As informações são da AP

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