Com o objetivo de implementar os planos norte-americanos no Iraque, o Exército dos Estados Unidos reconheceu, nesta quarta-feira, que pretende manter tropas no país por mais quatro anos, um novo indicativo de que as condições de segurança ainda estão fora do controle. "Isto não é uma antecipação que as coisas estão indo piores ou melhores", disse o General Peter Schoomaker a repórteres. "Isso somente quer dizer que tenho de ter tempo suficiente e tropas para continuar a disparar o quanto for preciso". Os comentários do general sintetizam o reconhecimento atrasado do Pentágono que não haverá retirada significativa da tropas do Iraque em futuro imediato. Atualmente, há 141 mil soldados americanos no país, que antes da ocupação era governado pelo ditador Saddam Hussein. O senador Jack Reed, membro do Comitê de Forças Armadas do Senado, disse nesta quarta-feira que o planejamento de Schoomaker prevê uma aproximação cautelosa e apropriado. Entretanto, ele acrescentou que o Pentágono deveria ampliar o efetivo militar no Iraque, com a finalidade de diminuir a ação de combates locais.