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Tropas egípcias estão em alerta para novo dia de manifestações

Opositores convocam novos protestos contra o governo de Mubarak após distúrbios da terça

Atualização:

CAIRO - A polícia de choque do Egito se posicionou nas ruas do Cairo nesta quarta-feira, 26, como medida preventiva contra novas manifestações convocadas pela oposição. Na terça-feira, ao menos quatro pessoas morreram nos protestos contra o governo do presidente Hosni Mubarak, que dura quase 30 anos.

 

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O Ministério do Interior anunciou que a polícia não vai tolerar marchas e concentrações, sugerindo que as forças de segurança terão o aval para agir a qualquer sinal de manifestação dos opositores, que usam a internet para organizar as marchas.

 

Milhares de policiais fortemente equipados e veículos blindados estão nas ruas da capital perto de praças e de locais que podem ser alvo de depredação, como as sedes da televisão estatal e do partido de Mubarak, o Partido Democrático Nacional.

 

As forças de segurança anunciaram a prisão de cerca de 200 manifestantes devido aos enfrentamentos da terça-feira. Outras detenções poderiam ocorrer, já que as autoridades revisam vídeos para identificar os envolvidos. Além dos quatro mortos - entre eles um policial - houve 250 feridos nos protestos da terça.

 

As manifestações contra o governo foram as maiores da história da gestão de Mubarak, que, especula-se, prepara seu filho Gamal para sucedê-lo. O país realiza eleições presidenciais neste ano, mas Mubarak não anunciou se concorrerá ao cargo por mais seis anos.

 

Os distúrbios, batizados de "Dia da Fúria" por alguns ativistas na internet, foram inspirados na "Revolução do Jasmim", que derrubou o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, há duas semanas.

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