18 de março de 2011 | 18h23
MANAMA - O ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Khaled bin Ahmed al-Khalifa, disse neste sábado que o país receberá mais tropas do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), lideradas pela Arábia Saudita, e que elas permanecerão no emirado 'o tempo que for necessário'. O chanceler disse também que a monarquia sunita que governa a maioria xiita está aberta ao diálogo.
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De acordo com al-Khalifa, as tropas do CCG vão apenas guardar locais estratégicas e não vão se envolver na repressão aos protestos. Mais cedo, o monumento da Praça das Pérolas, ponto de reunião dos manifestantes, foi destruído por tropas do governo.
"Esperamos com toda confiança o retorno da vida normal no Bahrein. O diálogo é nosso caminho", disse o chanceler.
O ministro bareinita também minimizou os comentários da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que disse que uma intervenção no país era um 'desvio'. Segundo ele, o Bahrein, sede da Quinta Frota da Marinha dos EUA, pretende aparar arestas com o aliado.
Al-Khalifa ainda negou que a Arábia Saudita, a maior potência regional sunita do mundo árabe, tenha pressionado para que o Bahrein permitisse a entrada de tropas do CCG. O Irã, teocracia de maioria xiita, assim como o Bahrein, tem protestado contra a violência do governo contra adeptos desta vertente do Islã.
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