21 de agosto de 2010 | 00h00
Há 70 anos, Leon Trotski, um dos líderes da Revolução Russa, ao lado de Vladimir Lenin e Josef Stalin, foi assassinado na Cidade do México.
Disfarçado de intelectual marxista, Ramón Mercader, um agente da polícia secreta de Stalin, ganhou a confiança de Trotski e, em 20 de agosto de 1940, entrou em seu escritório e o feriu com uma picareta de alpinista que escondia sob o casaco. Trotski morreu no dia seguinte, no hospital.
"Falleceu hontem no Mexico o líder bolchevista Leon Trotzky", estampou o Estado na capa. Leon Trotski, cujo nome de batismo era Lev Davidovich Bronstein, nasceu em 26 de outubro de 1879, em Ianovka, na Ucrânia. Filho de judeus, estudou ciências exatas e, na juventude, ligou-se a grupos revolucionários. Descobriu o marxismo quando tinha 17 anos.
Líder. Em 1900, foi deportado para a Sibéria, de onde escapou em 1902 com o nome falso de Trotski. Exilou-se em Londres, onde conheceu Lenin. Retornou à Rússia em 1905, quando começou o levante de operários de São Petersburgo.
Foi banido novamente no ano seguinte. Em março de 1917, ao tomar conhecimento do movimento revolucionário, voltou e tornou-se um dos principais líderes da revolução de outubro. No novo regime foi Comissário dos Negócios Estrangeiros e teve papel decisivo na organização do Exército Vermelho. Quando Lenin começou a se afastar por motivo de saúde, em 1922, Stalin e Trotski passaram a disputar o poder.
Stalin fortaleceu-se e, com sua ascensão, destituiu Trotski do cargo de Comissário do Povo para a Guerra. No ano seguinte, proibiu o rival de falar em público. Em 1929, Trotski foi banido da União Soviética. Viveu exilado na Ásia Central, Turquia, França e, finalmente, no México, onde chegou em 1937.
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