Trump acelera conversas com Coreia do Sul para encontrar Kim

Presidente americano telefona para líder da Coreia do Sul um dia após cúpula histórica

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WASHINGTON - Um dia depois do histórico encontro entre o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, na fronteira dos dois países, o presidente americano, Donald Trump, conversou neste sábado, 28, com Moon para acelerar os preparativos de sua reunião de cúpula com os norte-coreanos. 

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“Tive uma conversa longa e muito boa com o presidente Moon da Coreia do Sul. As coisas estão indo muito bem, o momento e o local da reunião com a Coreia do Norte estão sendo definidos”, disse Trump no Twitter. O republicano acrescentou que ele também falou com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para informá-lo das negociações.

Nesta sexta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, selaram acordo para conseguir "a completa desnuclearização" da península e formalizar o fim do estado de guerra entre os dois países Foto: Korea Summit Press Pool via AP, File

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Na Coreia do Norte, o dia seguinte ao encontro – no qual Moon e Kim comprometeram-se a pôr um fim oficial à Guerra da Coreia e com a desnuclearização da península – foi saudado pela imprensa oficial. “Coreia do Norte e a Coreia do Sul afirmaram o objetivo comum de conseguir uma península coreana não nuclear por meio da sua completa desnuclearização”, afirmou, a agência estatal norte-coreana KCNA.

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A mídia de Pyongyang, como parte fundamental da estratégia de propaganda do regime, sempre louvou o programa nuclear do país, que é motivo de orgulho para os cidadãos e considerada garantia de sobrevivência para o regime.

Na Coreia do Sul, os jornais de sábado elogiaram com alguma reserva a cúpula intercoreana e destacaram a ausência de um compromisso firme e explícito do Norte de renunciar às suas armas nucleares.

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O jornal conservador Chosun disse em seu editorial que o encontro foi positivo a respeito da reparação dos laços entre as duas Coreias, mas deixou muito a desejar sobre a desnuclearização.

Na sexta-feira, depois de um aperto de mão simbólico com o presidente sul-coreano, Kim afirmou que a península estava “no limiar de uma nova história”.

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Os dois vizinhos indicaram que buscariam se reunir com os Estados Unidos, e talvez também com a China, para declarar o fim da guerra e estabelecer um regime de paz permanente e sólido na península. 

Esta cúpula é o prelúdio de um encontro muito esperado entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com local ainda indefinido. Moon deve visitar Pyongyang no segundo semestre para uma nova reunião com Kim. /AFP, REUTERS e EFE