WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de tentar influenciar as eleições de meio de mandato - que renovará toda a Câmara e um terço do Senado americano - com uma guerra comercial que impacta sua base eleitoral.
"A China declarou abertamente que está tentando ativamente impactar e mudar nossas eleições atacando nossos agricultores e trabalhadores industriais por sua lealdade a mim", escreveu o presidente americano nesta terça-feira, 18, no Twitter.
Trump publicou essa mensagem um dia depois de anunciar que Washington vai sobretaxar em 10% cerca de US$ 200 bilhões em importações da China e pouco antes de Pequim anunciar uma contramedida para impor novas tarifas a bens americanos da ordem de US$ 60 bilhões.
"Para proteger seus direitos e interesses legítimos, assim como a ordem mundial do livre-comércio, a China se verá obrigada a tomar medidas de represália de maneira recíproca", indicou o Ministério chinês do Comércio, em nota.
"Se os Estados Unidos teimam em aumentar ainda mais seus direitos aduaneiros, a China replicará como se deve."
Pequim já havia indicado que planejava sobretaxar US$ 60 bilhões em produtos americanos. E Trump havia intimado os dirigentes chineses a não reagirem.
"Se a China tomar medidas de represália contra nossos agricultores, ou contra outras indústrias, vamos seguir imediatamente com a fase três, com tarifas em aproximadamente US$ 267 bilhões de importações adicionais", advertiu o presidente americano.
Caso se chegue a esta fase, todas as importações procedentes da China estarão sujeitas a medidas protecionistas dos Estados Unidos. / AFP