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Trump assina decreto para rever programa de visto que ele diz tirar empregos nos EUA

O decreto direciona as agências federais a propor novas regras que previnam a fraude na imigração e abusos do programa H1-B

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto nesta terça-feira, 18, que direciona uma ampla revisão no governo para reforçar as diretrizes do lema “compre produtos americanos” e “contrate americanos”. O documento pede que as agências federais aumentem a fiscalização para empresas de tecnologia americanas que contratam trabalhadores estrangeiros com mão de obra altamente qualificada, dentro do programa de vistos H1-B.

O presidente Donald Trump discursa em Kenosha, Wisconsin Foto: AFP PHOTO / SAUL LOEB

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Segundo a Casa Branca, o programa de vistos prejudica os trabalhadores americanos ao levar um grande número de funcionários estrangeiros para o país a um custo mais baixo, o que diminui os salários.

O decreto direciona as agências federais a propor novas regras que previnam a fraude na imigração e abusos do programa H1-B. As agências também serão requisitadas a sugerir alterações para que o visto H1-B seja apenas concedido “aos trabalhadores estrangeiros mais qualificados e com os maiores salários”.

Ao discursar em Wisconsin, Trump afirmou que o decreto “envia uma mensagem poderosa para o mundo” de que os EUA irão defender seus trabalhadores, “proteger seus empregos e colocar a América em primeiro lugar”. 

Essa revisão pode resultar no fim das permissões de trabalho nos EUA de cerca de 65 mil pessoas e de estudo e pesquisas para outros 20 mil geniais estudantes e profissionais por ano. 

No entanto, já é possível observar este ano uma queda do número de pedidos de vistos H1-B. Foram apenas 199 mil em comparação aos 236 mil do mesmo período de 2016, o que pode ser explicado em boa parte pelas políticas anti-imigração da administração de Trump. 

Para se ter uma ideia de quanto o visto H1-B é utilizado no Vale do Silício basta observar que cerca de 15% dos empregados do Facebook no ano passado foram contratados graças a esse programa. 

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Perto de completar 100 dias no poder, Trump ainda não obteve a aprovação de nenhuma grande legislação, como as prometidas para substituir o programa de assistência de saúde da era Obama ou sobre impostos. Ao mesmo tempo, tem usado amplamente sua prerrogativa de emitir ordens executivas para tentar fazer mudanças econômicas no país. / REUTERS, AP e ANSA 

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