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Trump ataca liderança do Partido Republicano

Vaiado no sábado, magnata disse que dirigentes do partido deram convites do evento a doadores dos demais candidatos

Por Cláudia Trevisan , CORRESPONDENTE e WASHINGTON
Atualização:

Donald Trump atacou nesta segunda-feira a liderança do Partido Republicano e colocou em dúvida seu compromisso de não disputar a eleição presidencial por um terceiro partido, caso não consiga a nomeação da legenda. Segundo ele, o acordo nesse sentido que assinou em setembro requer contrapartida dos dirigentes republicanos, que não estaria sendo cumprida.

“Eu assinei a promessa, mas é uma promessa de duas mãos. Que eu saiba, eles não estão cumprindo sua promessa”, declarou Trump, que acusou o partido de defender grupos de interesse e ser controlado por financiadores de campanha. O bilionário não gostou do fato de ter sido vaiado repetidas vezes pela plateia no debate entre os candidatos republicanos realizado sábado à noite.

Trump fala à imprensa na Carolina do Sul; bilionário foi vaiado no sábado Foto: REUTERS/Randall Hill

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Segundo Trump, os dirigentes do partido deram convites do evento a doadores dos demais candidatos. “Todo o salão estava tomado por grupos de interesse e doadores, o que é uma desgraça para o CNR”, afirmou, em referência ao Comitê Nacional Republicano. “É melhor eles se organizarem porque eu assinei uma promessa. A promessa não está sendo honrada pelo CNR.”

Dois dias depois de atacar o ex-presidente George W. Bush, Trump voltou suas baterias contra Ted Cruz, que ocupa o segundo lugar nas pesquisas entre os eleitores republicanos. O bilionário acusou o adversário de mentir e ameaçou recorrer ao Judiciário caso ele venha a ser nomeado pela legenda. Trump sustenta que Cruz não pode disputar a presidência por ter nascido no Canadá.

O senador texano é filho de um imigrante cubano e uma americana. Por lei, isso lhe garante a cidadania dos EUA. Mas a Suprema Corte nunca se pronunciou expressamente sobre o assunto. Ainda que muitos constitucionalistas acreditem que Cruz pode se candidatar à presidência, a ameaça de Trump cria no mínimo a perspectiva de uma batalha judicial sobre o assunto.

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