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Trump buscou negócios na Rússia antes de campanha presidencial

Segundo o diário 'Washington Post', as negociações ocorreram por meio de um intermediário russo, mas não chegaram a ser concluídas

Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha planos de desenvolver um empreendimento imobiliário em Moscou quando ainda era pré-candidato ao cargo, publicou no domingo, 27, o jornal Washington Post. Segundo o diário, as negociações ocorreram por meio de um intermediário russo, mas não chegaram a ser concluídas.

O jornal afirma que o contato russo de Trump, identificado comoFelix Sater,disse ser capaz de convencer o líder russo, Vladimir Putin, a “dizer grandes coisas” sobre o magnata, caso o negócio avançasse. 

Presidente dos EUA faz discurso no Arizona Foto: Ralph Freso/Getty Images/AFP

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Numa troca de emails em novembro de 2015, Sater disse ao vice-presidente das Organizações Trump, Michael Cohen , que Trump e Putin celebrariam em breve os negócios em Moscou, bem como a eleição do republicano. 

O magnata nunca foi a Moscou fechar o negócio, apesar de uma carta de intenções ter sido assinada. Eles não tinham as permissões burocráticas para dar início ao empreendimento, que foi abandonado em janeiro de 2016, quando começaram as primárias republicanas que acabariam selecionando Trump como candidato do partido. 

Apesar disso, detalhes da negociação, até então inéditos, indicam que a empresa do presidente tinha interesses comerciais na Rússia quando seu projeto presidencial já estava em marcha. Os contatos aparecem em meio às investigações sobre uma possível interferência russa na eleição americana.

Até agora, diversos auxiliares do presidente já tiveram reuniões com representantes do Kremlin e são alvo de investigação do FBI. É o caso do ex-assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn, do ex-chefe de campanha Paul Manafort e outros. 

A Casa Branca preferiu não comentar a reportagem. Cohen disse por meio de seu advogado que está cooperando com as investigações do Congresso e do FBI sobre o caso. / WASHINGTON POST

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