WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comutou a sentença de prisão de seu amigo Roger Stone, condenado em fevereiro a 40 meses de prisão por obstruir uma investigação do Congresso ligada à conspiração russa nas eleições de 2016.
"Roger Stone agora é um homem livre!", disse a Casa Branca em um comunicado dias antes do consultor político e confidente de Trump se apresentar na prisão federal para começar a cumprir sua sentença.
Stone foi condenado em novembro passado por mentir para o Congresso, manipular uma testemunha e obstruir a investigação da Câmara dos Deputados sobre se a campanha de 2016 de Trump.
A declaração da Casa Branca reiterou a acusação de Trump de que o conselheiro especial Robert Mueller investigou um suposto crime que nunca foi cometido, argumentando que Stone nunca deveria ter sido acusado.
"O simples fato é que, se o advogado especial não tivesse realizado uma investigação absolutamente infundada, Stone não seria condenado à prisão", disse.
O governo Trump já tinha intervindo em uma oportunidade para ajudar Stone. Depois que os promotores recomendaram uma pena de sete a nove anos de prisão, o procurador-geral, Bill Barr, acusado de agir como advogado pessoal de Trump, qualificou esta decisão com excessiva.
Os quatro promotores que cuidam do caso o abandonaram e um promotor recém-nomeado recomendou de três a quatro anos de prisão.
Stone é um dos seis integrantes do círculo mais próximo do presidente em ter sido acusado ou condenado no caso da trama russa./AFP