
24 de agosto de 2020 | 19h43
LOS ANGELES - A Convenção Nacional Republicana, que começou nesta segunda-feira, 24, para formalizar Donald Trump como candidato à reeleição nos Estados Unidos, é supervisionada por dois produtores do programa de televisão O Aprendiz, que o presidente apresentou de 2004 a 2015 e elevou seu popularidade.
O jornal New York Times observou que Sadoux Kim, que também foi júri do concurso de Miss Universo quando era propriedade de Trump, e Chuck LaBella, um ex-executivo da NBC, foram encarregados de preparar a transmissão televisiva do evento político republicano.
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Como a democrata da semana passada, a convenção republicana será em grande parte virtual, mas diferentemente da primeira, o evento dos conservadores foi organizado em menos de um mês, uma vez que Trump decidiu, somente no último minuto, abrir mão de um grande show presencial em razão da pandemia de coronavírus.
Com um prazo curto, os produtores conceberam uma transmissão que inclui vídeos já gravados com discursos ao vivo ao longo de quatro noites em que Trump será o único protagonista e intervirá diariamente.
Mesmo assim, os dois estrategistas procuraram se concentrar em figuras não políticas, como estrelas conservadoras da internet e o círculo familiar de Trump, com o objetivo de transformar o encontro em "um programa de televisão empolgante", segundo o site especializado Politico.
Segundo o New York Times, os dois produtores têm laços profissionais com o presidente americano e estão na lista das faturas da convenção.
LaBella produziu 50 episódios de O Aprendiz, o reality show que tornou Trump famoso na televisão, e também trabalhou no especial The Comedy Central Roast of Donald Trump, em 2011, no qual o atual presidente apresentou seus planos de entrar para a política.
Segundo o Times, LaBella cobrou US$ 81 mil por seu trabalho como consultor. Seu companheiro, Sadoux Kim, uma figura menos conhecida na indústria televisiva que colaborou com Trump no concurso de beleza Miss Universo quando era propriedade do magnata, teria recebido US$ 54 mil pelo trabalho na convenção. /EFE
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