Trump considera conceder perdão póstumo ao ex-boxeador Muhammad Ali

Presidente americano afirmou que estuda dar indulto a 3 mil pessoas que foram 'tratadas de maneira injusta'; Ali morreu em 2016, mas sua condenação havia sido anulada

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Em 2009, Muhammad Ali ganhou a medalha da Liberdade do presidente Bush Foto: AP Photo/Evan Vucci

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 8, que considera conceder perdão a cerca de três mil pessoas, entre elas o ex-boxeador Muhhamad Ali, morto em 2016. Segundo o presidente, muitas das três mil pessoas "foram tratadas de maneira injusta". "Em alguns casos, suas penas foram grandes demais."

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Ali se recusou a servir às Forças Armadas americanas em 1967, alegando ser objetor de consciência, e foi condenado a cinco anos de prisão. Ele nunca foi preso enquanto recorria da decisão e, em 1971, a Suprema Corte dos EUA anulou sua condenação.

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A resistência de Ali o tornou um herói dos direitos civis e do movimento anti bélico durante um período altamente polarizado na história americana, que vivia a Guerra do Vietnã. Como consequência da condenação, ele foi afastado por três anos da prática do boxe. 

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"Estou pensando em alguém que todos vocês conhecem muito bem, ele passou por muita coisa e não era muito popular naquela época", disse Trump. "Sua memória é muito popular agora. Estou pensando em Muhammad Ali. Estou pensando muito seriamente sobre isso".O presidente acrescentou que Ali não era muito popular quando se recusou a servir ao Exército.

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Trump também disse que vai conversar com jogadores de futebol americano da NFL que pedem reformas na justiça criminal e pedir sugestões de pessoas que foram tratadas de maneira injusta. Os perdões são concedidos por meio do indulto presidencial garantido pela Constituição. / REUTERS e AFP

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