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Trump criticou tratado nuclear em conversa com Putin

Em primeiro telefonema com líder russo, presidente teve de perguntar a assessor do que tratava o Start, assinado pelos dois países em 2010

Atualização:

WASHINGTON - Em sua primeira conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente americano, Donald Trump, criticou o Tratado para a Redução de Armas Estratégicas (Start) - acordo para a redução do arsenal nuclear assinado por Moscou e Washington ainda no primeiro mandato de Barack Obama, em 2010. A revelação foi feita pela agência Reuters, depois de ter consultado três fontes cientes do telefonema.

Segundo eles, ao ser questionado por Putin sobre o Start, Trump se afastou do telefone e perguntou a assessores sobre do que se tratava o acordo. Depois de eles terem explicado que se tratava do pacto para redução de armas nucleares com a Rússia, Trump então disse a Putin - a quem elogiou diversas vezes durante a campanha e defendeu uma "relação melhor" - que se trata de um dos acordos ruins negociados por seu antecessor. 

Presidente dos EUA, Donald Trump Foto: Reuters

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Ainda de acordo com as fontes da Casa Branca ouvidas pela Reuters, na visão do presidente, a última versão do Start favorece a Rússia. No telefonema, Trump também falou com Putin sobre seus índices de popularidade após ter chegado à Casa Branca.

A atual versão do Start dá a ambos os países até fevereiro de 2018 para reduzir seu arsenal de ogivas nucleares. O máximo permitido será de 1550, o menor nível em décadas. 

Em um debate durante a campanha presidencial, Trump afirmou que o tratado privilegiava a Rússia e declarou, erroneamente, que o Start permitia que Moscou produzisse novas armas nucleares. 

Em sua audiência de confirmação no Senado, o secretário de Estado Rex Tillerson declarou que pretende manter o tratado e é importante manter o diálogo com a Rússia e garantir que as duas pontas do acordo sejam cumpridas. / REUTERS

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