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Trump dará trabalho a Hillary Clinton

Hillary Clinton é favorita, mas sua vida não será fácil. Ela enfrenta rejeição de 56%, patamar não muito distante dos 59% que repudiam Donald Trump. No Colégio Eleitoral, as pesquisas dão 204 votos a Hillary, 164 a Trump e 170 indefinidos. Hillary promete pintar de azul, a cor dos democratas, vários Estados tradicionalmente vermelhos, como a Geórgia ou até mesmo o Texas. Mas foi Trump quem, durante as prévias, obteve vitórias expressivas em Estados azuis. Ele tem chances reais em New Hampshire (Costa Leste) e no Oregon (Costa Oeste). A Pensilvânia é vista como um Estado decisivo. Colorado, Indiana, Michigan e Ohio, vencidos por Obama em 2012, também estão indefinidos. Uma análise do estatístico Nate Cohn mostra que pode haver no país mais eleitores de perfil simpático a Trump – em geral brancos, com baixo nível de renda e escolaridade – do que as pesquisas dão a entender.

Por Helio Gurovitz
Atualização:
À esq., democrata Hillary Clinton. À dir., republicano Donald Trump Foto: AFP PHOTO dsk

Fora do ‘Buzzfeed’...

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Em toda publicação jornalística séria, há uma barreira sagrada entre as áreas editorial (a Igreja) e comercial (o Estado). Não é o caso do Buzzfeed, site conhecido por publicar conteúdo sob encomenda de anunciantes. Pois o fundador Jonah Peretti mostrou um lado inesperado da ruptura da barreira Igreja-Estado: por decisão editorial, recusa-se a publicar anúncios da campanha de Trump.

…mas dentro de Meryl Streep

Impagável a imitação que a atriz Meryl Streep fez de Donald Trump no Central Park. Vestida de terno preto, gravata vermelha, cabelos e maquiagem cor de laranja, Meryl repetiu os gestos e o tom de The Donald no dueto final do musical Kiss me Kate, de Cole Porter.

Os neorreacionários

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Não é de hoje que intelectuais conservadores se sentem cerceados nas universidades americanas. A novidade é como o movimento contra o “politicamente correto” tomou conta das redes sociais num tom frequentemente racista, turbinado por Trump. É um sinal de alerta para a fragilidade do liberalismo”, escreveu o economista Tyler Cowen em seu blog.

Saída do Brexit

A influente médica e parlamentar conservadora britânica Sarah Wollaston, antes defensora da saída da Grã-Bretanha da União Europeia, mudou de opinião. Motivo: ela considera mentira dizer que o Brexit liberaria £ 350 milhões por semana para a saúde. “Agora votarei pela permanência”, disse à BBC.

Putin como ele é

Nada é verdade e tudo é possível. Eis o título do livro de Peter Pomerantsev sobre a Rússia de Vladimir Putin. Filho de dissidentes que emigraram para a Grã-Bretanha em 1978, ele foi para Moscou logo no início da Era Putin tentar fazer um filme. O livro narra seu fracasso. É uma história de modelos suicidas, controle sobre a imprensa, empreendedores cercados por máfias e uma visão paranoica da Rússia como o centro de tudo no planeta.

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‘Maison de Cartes’

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É no Vélodrome de Marselha, palco do jogo de ontem entre Rússia e Inglaterra pela Euro 2016, que começa e termina Marseille, seriado de oito episódios disponível no Netflix. Ainda mais veterano e ainda mais obeso, Gérard Depardieu vive o prefeito Robert Taro, protagonista de um não muito brilhante House of Cards francês. No poder há 20 anos, ele é traído e enfrenta nas urnas seu antigo protegido. Roteiro óbvio para imagens deslumbrantes de uma cidade única, além do delicioso sotaque marselhês.

DeLillo e o futuro

O novo livro de Don DeLillo, Zero K, se passa num centro de criogenia no Casaquistão, chamado Convergência. Para lá acorrem milionários que esperam preservar o próprio corpo congelado, na esperança de renascer depois do inevitável apocalipse nuclear. Não se trata de distopia futurista nem ficção científica. A crítica Meghan Daum o definiu como “romance sobre o medo da vida”.

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