PUBLICIDADE

Trump defende Brexit sem acordo com a UE

Na véspera de visita de Estado ao Reino Unido, republicano diz que Londres deveria abandonar o bloco se Bruxelas não ceder em negociação

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

LONDRES - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o Reino Unido deve estar preparado para sair da União Europeia (UE) sem acordo e incorporar o político antieuropeu Nigel Farage, líder do Partido do Brexit - vencedor nas eleições europeias ao conseguir 29 cadeiras à Eurocâmara -, nas negociações para deixar o bloco econômico.

Em entrevista ao Sunday Times na véspera de uma visita de Estado ao Reino Unido, ao qual foi convidado pela rainha Elizabeth II, Trump também afirmou que os britânicos deveriam se recusar a pagar a conta estimada em € 42 bilhões para deixar a UE e abandonar as negociações se Bruxelas não ceder.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Foto: AP Photo/Jacquelyn Martin

PUBLICIDADE

“Se eles não conseguirem o que querem, eu abandonaria. Se você não consegue um acordo justo, você desiste dele”, disse. Assim que o Reino Unido deixar a UE, o que Trump disse que deve ocorrer ainda neste ano, deverá então ir com tudo para selar um acordo comercial. “Eles precisam fazer isso”, disse o presidente americano na entrevista ao jornal dominical. “Eles precisam fechar o acordo.”

O presidente criticou também as negociações do Brexit do governo da conservadora Theresa May ao afirmar que deixou a UE com todas as cartas a seu favor. 

May, deixará o cargo nessa semana, pouco depois da visita do presidente americano, tendo fracassado em angariar apoio no Parlamento britânico para o acordo de Brexit que ela negociou com Bruxelas.

McCain. Também ontem, o chefe do Pentágono confirmou que a Casa Branca tentou esconder um navio de guerra que tem o nome do falecido senador John McCain, durante uma visita de Trump ao Japão, como relatado na semana passada pela imprensa americana. Mick Mulvaney, afirmou que o pedido provavelmente foi feito por alguém do entorno do presidente, mas que ninguém seria demitido por isso. 

Após a declaração de Mulvaney, o secretário de Defesa americano, Patrick Shanahan, declarou que o gabinete do presidente tinha contactado a 7ª Frota americana, estabelecida no Japão, para transmitir a ordem, mas que a diretiva não foi cumprida. / REUTERS e AFP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.