Trump demite pesquisadores que divulgaram enquetes com derrota nas eleições

O presidente, de 73 anos, deve anunciar formalmente o início de sua campanha eleitoral para um segundo mandato presidencial na terça-feira em Orlando, Flórida

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já anunciou a intenção de tentar a reeleição em 2020, demitiu três pesquisadores cujas enquetes mostraram números desanimadores, informaram nesta segunda-feira, 17, meios de comunicação americanos.

Trump, de 73 anos, deve anunciar formalmente o início de sua campanha eleitoral para um segundo mandato presidencial na terça-feira em Orlando (Flórida) e as pesquisas em questão mostram que o atual governante perderia em uma possível disputa com o ex-vice-presidente Joe Biden, que lidera as intenções de voto entre os 20 pré-candidatos do Partido Democrata.

Material de campanha para a reeleição de Trump em local de evento em Orlando Foto: Leila MACOR / AFP

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De acordo com a imprensa americana, as pesquisas realizadas pela campanha de Trump mostram que Biden conta com 55% de apoio na Pensilvânia, comparado com 39% para o presidente.

Em Wisconsin, o democrata tem 51% dos apoios comparado com os 41% para Trump, que também aparece sete pontos atrás de Biden na Flórida.

Todos estes são Estados-chave para uma vitória na eleição de novembro de 2020, dos quais sairá o presidente para o período 2021-2024.

Em mensagem postada no Twitter, Trump aconselhou hoje seus simpatizantes a não acreditarem em pesquisas que o mostre abaixo dos democratas.

"Só as Pesquisas Falsas nos mostram atrás do Motley Crue", afirmou o presidente, citando a banda de glam metal da Califórnia Mötley Crüe para se referir aos 20 pré-candidatos democratas. "Aparecemos realmente bem, mas é cedo demais para focarmos nisso. Há muito o que fazer!", acrescentou.  A referência do presidente à banda acabou virando memes. 

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O jornal The Washington Post indicou que os três pesquisadores demitidos são Brett Lloyd, Mike Baselice e Adam Geller, enquanto outros dois - Tony Fabrizio e John McLaughlin - mantiveram o emprego.

Segundo os meios de comunicação, a pesquisa de Fabrizio mostra que Trump está atrás de Biden em outros Estados que contribuíram para a vitória do magnata em 2016, incluído Iowa, Carolina do Norte, Ohio e Geórgia.

Depois que os resultados dessas pesquisas foram revelados, o diretor da campanha de Trump, Brad Parscale, confirmou que os números provêm de pesquisas internas, mas disse que correspondem a março.

Post citou um funcionário de alta hierarquia no governo, que não identificou, que disse que Trump "está mais furioso porque os resultados foram divulgados do que pelos próprios resultados".

Campanha

A campanha pela reeleição já conta com dezenas de pessoas e está tomando um perfil muito diferente da equipe improvisada e com pouca experiência política com a qual Trump ganhou a indicação presidencial republicana e depois a presidência em 2016.

Nas últimas semanas, Trump negou em tom irritado que estivesse recebendo pesquisas que o mostravam como um possível perdedor.

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"Essas pesquisas não existem", declarou o presidente na semana passada à rede de televisão ABC News. "Acabo de me reunir com alguém que é um pesquisador e eu estou ganhando em todas partes, portanto não sei do que estão falando", completou. / EFE e W. Post 

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