Trump diz não ter contado aos russos que inteligência sobre o EI vinha de Israel

Ao lado de Netanyahu, presidente afirma não ter usado nome do país em conversa com chanceler

PUBLICIDADE

Atualização:

JERUSALÉM - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 22, durante encontro com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que ele não detalhou a autoridades russas que vinha de Israel a informação sigilosa compartilhada numa reunião na Casa Branca no dia 10 com o chanceler Serguei Lavrov e o embaixador Serguei Kislyak. 

Questionado por repórteres que cobrem sua visita ao país se tinha fornecido dados de inteligência recolhidos por Israel junto ao Estado Islâmico pelos russos, Trump disse:"Para você entender:nunca usei o nome de Israel durante a conversa. Não falei no nome de Israel."

Trump e Netanyahu se encontram no Hotel Rei David, em Jerusalém, em maio de 2017 Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

PUBLICIDADE

Netanyahu, por sua vez, disse não estar preocupado com o incidente. Segundo ele, as relações bilaterais com os Estados Unidos são ótimas, sobretudo no campo do antiterrorismo. 

"A cooperação nunca foi melhor", disse o premiê.

Nos bastidores, no entanto, agentes israelenses cobraram com veemência seus colegas americanos depois de Trump dizer a Lavrov e Kyslyak que tinha interceptado um plano do EI para atacar aviões comerciais com notebooks - uma informação obtida por Israel e repassada aos americanos, sem permissão de dá-la aos russos. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.