26 de agosto de 2019 | 12h39
Atualizado 27 de agosto de 2019 | 11h16
BIARRITZ, FRANÇA - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 26, que estaria disposto a se reunir com o presidente do Irã, Hassan Rohani, sob as circunstâncias apropriadas. Em entrevista ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, na cúpula do G-7 em Biarritz, na França, o líder americano disse ainda que a previsão de um encontro, hoje, é realista.
Mais cedo, Macron propôs intermediar uma reunião entre Trump e Rohani. No fim de semana, o líder francês recebeu na cúpula o chanceler iraniano, Mohamed Zarif, que recentemente foi alvo de sanções dos Estados Unidos.
Conflitos com a marca Trump
Trump disse que não percebeu a visita como desrespeitosa e adotou um tom mais ameno em relação ao Irã que em declarações anteriores.
“Tenho um bom pressentimento sobre o Irã. A última coisa que queremos ali é um grande problema”, disse. “O que queremos é que o Irã não tenha armas nucleares nem mísseis balísticos e um acordo que dure muito tempo.”
Os Estados Unidos abandonaram em 2018 o acordo assinado em 2015 entre as potências nucleares e o Irã, com a justificativa de que o pacto era ruim. A escalada entre os dois países aumentou, com a imposição de sanções. Os europeus, que ainda fazem parte do acordo, tentam retomá-lo.
Questionado por jornalistas, o presidente americnao disse ainda que era realista considerar uma reunião com Rohani nas próximas semanas. "Acho que ele vai querer se encontrar. Acho que o Irã quer consertar essa situação", enfatizou.
Rohani defendeu a visita de Zarif a Biarritz em um discurso transmitido na televisão estatal iraniana na segunda-feira. Acho que devemos usar todos os instrumentos para atender aos interesses nacionais", afirmou.
Macron pediu ao governo dos EUA que oferecesse algum tipo de alívio às sanções contra o Irã, como o levantamento de sanções à venda de petróleo para a China e a Índia, ou uma nova linha de crédito para exportações.
Em troca, o Irã cumpriria novamente os compromissos de 2015. "A França fará sua parte com a Alemanha, a Grã-Bretanha" e os outros países signatários do acordo internacional de 2015, concluiu Macron. / AFP e REUTERS
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