Trump muda programa que dava status de refugiados a jovens centro-americanos

Concessão agora só será feita sob certos requisitos e de maneira muito mais seletiva

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WASHINGTON - O governo do presidente Donald Trump modificou nesta quarta-feira um programa que permitia a solicitação do status de refugiado nos Estados Unidos a crianças e jovens imigrantes que fogem da violência na América Central, iniciado pelo seu predecessor, Barack Obama, em 2014. A ordem pede aos funcionários que exerçam de maneira muito mais seletiva sua autoridade para admitir os imigrantes fora dos canais legais normais.

Presidente americano, Donald Trump, busca reverter programas aprovados no governo de Obama Foto: AP Photo/Evan Vucci

O Departamento de Segurança Nacional emitiu nesta quarta-feira a notificação pela qual, apenas sob certos requisitos, menores e jovens que demonstrem precisar fugir de casos de violência nos seus países (Guatemala, El Salvador e Honduras) possam obter permissão para ingressar nos EUA para viver e trabalhar temporariamente. O Departamento indicou que a decisão de modificar o programa, conhecido como Liberdade Condicional, faz parte da ordem executiva do presidente Trump emitida em janeiro em matéria migratória. Trump tentou conter o alto fluxo de jovens imigrantes centro-americanos ao intensificar a aplicação das leis migratórias no país, aumentando a busca e a detenção dos pais dos menores que se encontrem nos Estados Unidos. "(O programa) Liberdade Condicional só será expedido caso a caso e apenas quando o solicitante demonstrar uma razão humanitária urgente ou um benefício público significativo para a liberdade condicional e que o solicitante merece um exercício favorável de discrição", detalhou o departamento em seu anúncio. O programa foi estabelecido sob o governo Obama como uma maneira de lidar com uma incessante onda de crianças de El Salvador, Honduras e Guatemala que chegavam sozinhas à fronteira sul, sem a companhia de adultos. Apesar de o antigo governo ter tentado dissuadir os pais das crianças de enviá-las a uma viagem tão perigosa, o programa evidenciou que os menores continuavam chegando à fronteira. / EFE

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