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Trump pede que Catar seja 'responsável' e pare de financiar o terrorismo 

Ao abrir para perguntas, Trump foi questionado sobre o depoimento do ex-diretor do FBI James Comey à Comissão de Inteligência do Senado ontem e disse que estaria '100% disposto' a também dar sua versão sob juramento

Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou nesta sexta-feira, 9, o Catar a "suspender seu financiamento do terrorismo" e "voltar à comunidade de nações responsáveis". O presidente tratou da crise diplomática envolvendo o reino depois que várias nações árabes, lideradas pela Arábia Saudita, romperam relações com Doha. 

Donald Trump concede entrevista coletiva ao lado do presidente da Romênia, Klaus Werner Foto: AP Photo/Pablo Martinez Monsivais

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As declações de Trump, que reforçaram seu posicionamento do início da semana, foram dadas no mesmo dia que seu secretário de Estado alegou que o bloqueio ao Catar está dificultando as operações da base militar americana naquele país. A base é a maior dos EUA no exterior e é dela que partem os voos de combate ao Estado Islâmico na Síria e no Iraque. 

Trump mencionou sua recente viagem ao Oriente Médio e agradeceu à Arábia Saudita por promover uma cúpula de países árabes presidida pelo americano em Riad. "(A cúpula) foi o começo do fim do terrorismo (no mundo)", insistiu Trump, alegando que ali ele começou a pressionar os países a pararem de "finaciar o terror, a ensinar as pessoas a matarem outras pessoas, e a difundir o ódio". 

"Chegou a hora de cobrar do Catar parar de financiar o terrorismo. Tem de parar com esse financiamento e com a ideologia extremista", disse o republicano ao lado do presidente da Romênia, Klaus Iohannis, que visita Washington, em uma rápida e tensa entrevista coletiva. 

FBI. Ao abrir para perguntas, Trump foi questionado sobre o tuíte de hoje, mais cedo, no qual afirmou que o ex-diretor do FBI James Comey foi "vingativo" em seu depoimento à Comissão de Inteligência, ontem, no Senado. Trump confirmou o que postou, reiterando que Comey é um "vazador" de informações à imprensa. 

O presidente foi questionado se estaria disposto a dar a sua versão sob juramento, assim como fez Comey no Senado. "100% disposto", respondeu ele, negando que em qualquer momento tenha pedido "lealdade" a Comey em sua investigação envolvendo seu governo. 

Como diretor do FBI, Comey comandava uma investigação sobre as suspeitas de que a Rússia, aliada à campanha republicana, interferiu nas eleições presidenciais do ano passado para favorecer Trump. Comey foi demitido bruscamente no início do mês passado.

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Ontem, ele participou de uma audiência pública no Senado para falar sobre suas impressões e conversas com o presidente, nas quais Trump teria pedido a ele "lealdade" e que "deixasse para lá" a investigação específica sobre Michael Flynn, que renunciou ao cargo de conselheiro da Casa Branca em fevereiro por ter omitido informações sobre seus contatos com os russos.

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