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Trump proíbe Pentágono de fazer novos recrutamentos de transgêneros

Decreto presidencial afirma ainda que Departamento de Defesa deixará de oferecer tratamento médico aos atuais militares transgênero nas Forças Armadas americanas

Atualização:

WASHINGTON - O presidente Donald Trump ordenou ao Pentágono nesta sexta-feira, 25, a declarar uma proibição indefinida à entrada de militares transgêneros às forças americanas. No entanto, deixou em aberto a possibilidade de permitir que "alguns" dos militares que já servem às Forças Armadas americanas continuem em serviço. 

O decreto presidencial orienta ao Departamento de Defesa decidir sobre os casos daquelas pessoas já inscritas para se alistar. O documento, dirigido ao secretário de Defesa, Jim Mattis, Trump afirma que o Pentágono deixará de oferecer o tratamento médico dos militares nas Forças Armadas. 

Ativistas pedem proteção aos direitos transgêneros Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

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A administração Obama, em junho de 2016, mudou a política vigente, declarando que as tropas poderiam servir abertamente como indivíduos transgêneros. E estabeleceu para julho de 2017 o prazo para determinar se pessoas transgênero poderiam ter permissão para entrar ao serviço militar, em definitivo. 

O secretário de Defesa Jim Mattis atrasou esse prazo para 1º de janeiro de 2018 e Trump instruiu agora Mattis a estender essa data indefinidamente. A questão, porém, é o que ocorrerá aos indivíduos que já atuam nas Forças Armadas americanas abertamente.

O presidente anunciou no fim de julho no Twitter sua intenção de proibir às pessoas transgênero servirem no Exército, criticando o "tremendo custo médico" e "os transtornos" que representam.

Mas os tuítes de Trump não estiveram coordenados com o Pentágono e Mattis disse que esperaria as diretrizes específicas da Casa Branca sobre este assunto, que qualificou de "muito complicado".

Estimativas do Pentágono indicam que entre 1.250 a 15 mil pessoas transgêneros servem nos diversos das Forças Armadas dos Estados Unidos, que em sua totalidade abrangem 1,3 milhão de militares ativos.

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A retirada dos transgêneros poderia ter um impacto em algumas unidades, mas os observadores temem sobre tudo repercussões negativas na imagem do Exército, particularmente entre os jovens, que poderiam hesitar em se inscrever em uma instituição percebida como discriminatória. / AP e AFP 

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