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Trump vive em uma realidade diferente sobre racismo, diz Kamala Harris

Candidata a vice-presidente na chapa do Partido Democrata também criticou o procurador-geral William Barr

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - A candidata a vice-presidência dos Estados Unidos na chapa encabeçada por Joe Biden, Kamala Harris acusou neste domingo, 6, o presidente Donald Trump de viver em uma "realidade diferente" devido a seu negacionismo contínuo em relação ao racismo sistêmico no país.

O magnata republicano e seu Procurador-Geral, William Barr, "passam o tempo todo dentro de uma realidade diferente", acusou a senadora pelo estado da Califórnia, de origem jamaicana e indiana, em entrevista à emissora CNN.

Senadora Kamala Harris aceita indicação à vice-presidência durante convenção democrata Foto: Kevin Lamarque/Reuters

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"A realidade dos Estados Unidos hoje é o que temos visto durante gerações e, francamente, desde nossos primórdios, que é que temos dois sistemas de justiça", disse Kamala.

Os comentários acontecem dois dias após a Casa Branca revelar que Trump ordenou as agências federais que deixem de financiar sessões de capacitação contra o racismo para os funcionários, porque estas seriam sinônimo de "uma propaganda divisória, antiamericana" e sugerem que o país é "inerentemente racista".

Na semana passada, Barr descartou a ideia de que existe, de fato, um sistema de justiça para os brancos e outro para os negros. "Acredito que precisamos ter um pouco de cuidado ao lançar a ideia do racismo. Não acredito que seja tão comum quanto as pessoas sugerem", afirmou o Procurador-Geral.

"Não acredito que a maioria das pessoas razoáveis que prestam atenção aos fatos coloque em discussão a existência de disparidades raciais e um sistema que se envolveu com o racismo em termos de como as leis foram aplicadas", argumentou Kamala.

Trump entrou firmemente em campanha apelando para sua base majoritariamente branca com um duro slogan de "Lei e Ordem", na corrida ladeira a cima pela reeleição, em meio à atual pandemia do coronavírus, uma economia em apuros e um debate acalorado sobre a injustiça racial dentro da polícia.

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Os protestos nas principais cidades dos Estados Unidos surgiram em maio, após George Floyd, um homem afro-americano, ser assassinado por um policial branco ao ser preso em Mineápolis (norte). As manifestações ganharam força no mês passado após outro afro-americano, Jacob Blake, ser baleado pelas costas por outro policial em Kenosha, Wisconsin.

Trump classificou os protestos como obras de anarquistas violentos./ AFP

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