09 de dezembro de 2014 | 09h45
MANILA - O tufão Hagupit, que deixou pelo menos 27 mortos e 1,6 milhões de deslocados nas Filipinas, perdeu força e se transformou em tempestade tropical após passar por Manila, a capital do país, onde foram registradas poucas inundações.
O diretor da Cruz Vermelha filipina, Richard Gordon, disse que o número de mortos chegou a 27, mas acha que a cifra deve aumentar, já que ainda há lugares remotos onde o socorro não chegou.
Por outro lado, o Conselho de Gestão e Redução de Risco de Desastres do país, que está recebendo críticas por sua lentidão na confirmação do número de vítimas, disse que há, oficialmente, 11 mortos em razão do Hagupit.
Além disso, a agência governamental indicou que mais de 2 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pelo tufão, e 1,6 milhões delas foram atendidas em centros de evacuação.
O ciclone perdeu força nesta terça-feira e se transformou em "tempestade tropical", de acordo com a Agência Meteorológica das Filipinas (Pagasa), já que seus ventos diminuíram de 105 para 45 km/h.
As autoridades temiam que Manila, com 12 milhões de habitantes, fosse seriamente afetada pela tempestade e sofresse grandes inundações. No entanto, a Agência para o Desenvolvimento da Metrópole de Manila (MMDA, sigla em inglês) afirmou que a cidade sofreu danos mínimos.
Além disso, o vice-prefeito de Manila relatou que não ocorreram mortes na capital e que os 13 mil evacuados já estão voltando para suas casas.
No entanto, o Ministério de Bem-estar Social e Desenvolvimento informou que, após uma primeira avaliação da região de Samar Oriental, ao qual o Hagupit chegou com ventos de até 210 km/h, os danos materiais foram grandes.
"As informações que recebemos é que cerca de 13 mil casas de Samar Oriental ficaram completamente destruídas pelos ventos e mais de 22 mil ficaram parcialmente danificadas", explicou a ministra de Bem-estar Social e Desenvolvimento, Dinky Soliman.
Também informou que o Hagupit, por enquanto, deixou danos no setor agrícola de cerca de 1,04 bilhão de pesos (US$ 23,3 milhões).
As Filipinas são atingidas todos os anos por entre 15 e 20 tufões durante a temporada de chuvas, que começa por volta de junho e termina em novembro.
No ano passado, o Haiyan, um dos tufões mais potentes da história, arrasou as Filipinas e causou 6,3 mil mortes, mais de mil desaparecidos e 14 milhões de afetados. / EFE
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