MANILA - O tufão Phanfone deixou ao menos 16 pessoas mortas nas Filipinas, informaram autoridades oficiais nesta quinta-feira, 26, em um relatório publicado após a passagem da tempestade devastadora durante o Natal. Várias casas foram demolidas e parte da fiação do serviço de eletricidade foi destruída.
Foram registrados ventos de até 195 quilômetros por hora. Um relatório da agência de resposta a desastres naturais relatou que 13 pessoas morreram na região de Western Visayas, enquanto uma autoridade local disse à AFP que outras três pessoas morreram na região central das Filipinas.
No entanto, as próprias fontes oficiais indicam que, como as áreas afetadas carecem de cobertura telefônica, um levantamento oficial com as consequências da passagem do tufão pelo país ainda não foi concluído. Phanfone atingiu importantes destinos turísticos como Boracay e Coron, famosos por suas praias de areia branca.
O aeroporto de Kalibo, de onde os aviões para Boracay decolam, foi severamente danificado pela tempestade nesta quinta-feira, segundo turistas coreanos que ficaram presos no terminal aéreo. O único meio de comunicação desse grupo era via Instagram.
"As rotas estão bloqueadas, embora já existam alguns esforços para remover os destroços. A situação ainda é bastante ruim", disse Jung Byung Joon à AFP, por meio do Instagram. "Tudo dentro de um raio de 100 metros ao redor do aeroporto está quebrado. Há muitas pessoas frustradas, porque inúmeros vôos foram cancelados".
Embora consideravelmente menos sério, Phanfone seguiu o mesmo caminho que o Super Tufão Haiyan, que em 2013 devastou o país e deixou mais de 7.300 pessoas mortas.
O tufão "é como um irmão mais novo de Haiyan. Ele é menos destrutivo, mas seguiu um caminho semelhante", disse Cindy Ferrer, uma autoridade do escritório de ajuda humanitária em Visayas Ocidental. Dezenas de milhares de pessoas foram forçadas a evacuar suas casas durante o Natal. No entanto, o processo foi ainda mais complicado que o habitual e não pôde seguir as regras estabelecidas, já que muitos dos aviões e balsas a serem utilizados simplesmente não funcionavam./ AFP