Pelo menos 134 pessoas morreram e 163 estão desaparecidas após a passagem na China do tufão Saomai, o mais potente dos últimos 50 anos, segundo a imprensa local. Nas últimas horas, as equipes de resgate recuperaram 20 corpos na cidade de Fuding, onde as fortes chuvas e vendavais causaram 41 mortos. Em Fuding, que se tornou a localidade mais afetada de Fujian, com 45 mortes, o Saomai destruiu um templo de 1.146 anos, informou a agência estatal de notícias "Xinhua". Outras 107 pessoas estão desaparecidas na cidade, onde o tufão deixou também 1.350 feridos, enquanto fontes citadas pela imprensa independente de Hong Kong asseguram que o número de mortos poderá elevar-se a centenas. Segundo o jornal "South China Morning Post", a possibilidade de que existam muitos outros falecidos se deve ao grande número de pescadores que voltaram a trabalhar neste domingo, acreditando que a tempestade já havia passado, e se viram surpreendidos por outra ainda maior. Números oficiais falam de perdas econômicas em torno de US$ 312 milhões em Fuding, onde alguns pequenos povoados, como Baoisheng, uma aldeia com 300 casas, ficaram quase totalmente destroçados, segundo a "Rádio Internacional da China". Em Zhejiang, primeira província a ser atingida pelo tufão, no dia 11 de agosto, 89 pessoas morreram e 18 mil casas foram destruídas, com perdas econômicas de US$ 611 milhões. Segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha, a força do Saomai ("Vênus" em vietnamita) tinha a mesma magnitude do "Katrina", que castigou Nova Orleans no ano passado, embora seus danos não tenham sido tão devastadores como era esperado.