Tumor do tamanho de laranja é retirado do coração de americana

Segundo jornal de Miami, a paciente estava há cinco anos com o tumor no coração, apesar das disfunções físicas e o progressivo cansaço que a doença causava

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os cirurgiões de um hospital de Miami extirparam um tumor do tamanho de um laranja do coração de uma paciente graças a uma técnica revolucionária, segundo a edição deste sábado do jornal El Nuevo Herald. Segundo o jornal, a cubano-americana Marisol Fernández, de 49 anos, estava há cinco anos vivendo com o tumor no coração sem saber o perigo que corria, apesar das disfunções físicas e o progressivo cansaço que a doença causava. "Isto foi incrível, é como nascer de novo", afirmou Marisol ao jornal, acrescentando que nunca pôde imaginar que tinha um tumor do tamanho de uma laranja dentro do coração. O tumor tinha crescido tanto que a mulher, sem saber de sua doença, já não conseguia caminhar distâncias curtas ou fazer tarefas tão simples como trocar de roupa. "Respirava, mas os pulmões pareciam não se abrir. Simplesmente não estavam recebendo ar", relatou a paciente. O tumor só foi descoberto no dia 13 de setembro, quando Marisol foi levada de emergência a um hospital de Miami, onde uma ultra-sonografia do coração revelou o tumor de cinco centímetros. "Era como uma bola de beisebol que se movimentava de acordo com as batidas do coração e abrangia quase todo o órgão", afirmou. Técnica não invasiva Dez dias depois, Marisol foi submetida a uma delicada operação cirúrgica no Baptist Hospital que durou quase três horas, na qual se empregou uma moderna técnica não invasiva. "Era um mixoma auricular de 5 a 6 centímetros, muito perigoso, porque estava obstruindo o fluxo de sangue através da válvula mitral para o ventrículo e o resto do corpo", explicou o cirurgião Joseph Lamelas, que liderou a equipe médica que fez a operação. Sobre a cirurgia, Lamelas disse que se chegou ao coração da paciente com instrumentos especiais, através de uma pequena incisão, o que permitiu que o "tumor fosse retirado sem quebrar ou prejudicar as costelas"."É um tipo de cirurgia revolucionária que ainda não é praticada em muitos lugares", afirmou o cirurgião, considerado um pioneiro nas técnicas minimamente invasivas que são aplicadas nas operações da válvula mitral e aórtica. O marido da paciente, José Fernández, mostrou-se surpreso com a rápida recuperação de sua mulher. "Levei o maior susto da minha vida e agora não acredito, porque a vejo se recuperar de uma forma maravilhosa", disse.

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