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Tunísia prende dois aliados de presidente deposto

Dono de TV que tramaria volta de Ben Ali também teria sido preso.

Por BBC Brasil
Atualização:

Qallal foi ministro do Interior durante o governo de Ben Ali A polícia da Tunísia prendeu neste domingo dois aliados do presidente deposto do país Zine al-Abidine Ben Ali. A mídia do país afirma que o ex-ministro do Interior Abdallah Qallal e o conselheiro especial do presidente Abdelaziz bin Dhia estão sob regime de prisão domiciliar. Há relatos também que o dono da emissora privada Hannibal TV teria sido preso, acusado de traição e de tramar a volta de Ben Ali. Na semana passada, mais de 30 parentes de Ben Ali foram presos ao tentar deixar o país. O presidente refugiou-se na Arábia Saudita após uma série de protestos populares. Renovação Neste domingo, uma marcha de cerca de mil manifestantes chegou à capital tunisiana, Túnis, pedindo a renúncia do premiê Mohamed Ghannouchi e de todos os outros nomes do governo interino que integravam também a administração anterior. Ghannouchi prometeu deixar o cargo após eleições, esperadas para ocorrer nos próximos seis meses e disse que os remanescentes do antigo regime na atual administração teriam "as mãos limpas". No entanto, muitos oposicionistas desejam a saída destes políticos. O correspondente da BBC em Tunis Magdi Abdelhadi disse que os protestos de sábado na cidade contaram, pela primeira vez, com integrantes da polícia, que até pouco tempo atrás defendia o ex-presidente. Especula-se que o levante ocorrido na Tunísa, motivado por insatisfação econômica e falta de liberdades políticas, pode se espalhar por outros países norte-africanos e do Oriente Médio. No sábado, aconteceram protestos por mais liberdade na vizinha Argélia e no Iêmen. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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