Turquia acusa Grécia de matar imigrante a tiros na fronteira; Atenas nega

Incidente, não confirmado pelo governo da Grécia, é mais um capítulo da crise migratória na fronteira greco-turca

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Por Redação
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ATENAS E PAZARKULE, TURQUIA - Autoridades turcas declararam que um imigrante foi morto nesta quarta-feira, 4, por tiros das forças policiais da Grécia, enquanto tentava cruzar a fronteira entre os dois países. Atenas refutou a acusação e disse se tratar de uma notícia falsa do governo turco.

Polícia grega tenta conter o avanço de imigrantes na província de Kastanies, região que fazfronteira com a Turquia. Foto: EFE/EPA/DIMITRIS TOSIDIS

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O caso teria acontecido na região próxima a Erdine, no noroeste da Turquia, que faz fronteira com o território grego. De acordo com o governo da província, um grupo de seis imigrantes foram feridos com tiros disparados pela polícia grefa. Um dos feridos, que não teve a nacionalidade informada, teria morrido em decorrência de um ferimento no peito.

O governo grego se apressou em refutar a história divulgada pela Turquia. O porta-voz de Atenas, Stelio Petsas, afirmou que se trata de uma fake news criada pelo país vizinho.

"A Turquia fabrica notícias falsas. Fabricou mais uma hoje: supostos feridos por disparos gregos. Os desminto de maneira categórica", afirmou.

A crise migratória na fronteira greco-turca segue sem solução, desde que a Turquia anunciou que passaria a não impedir a passagem de imigrantes que desejam chegar à Europa.

Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell se encontraram nesta quarta-feira, 4, em Ancara. Foto: Cem OZDEL / TURKISH FOREIGN MINISTRY / AFP

Nessa terça-feira, 3, autoridades da União Europeia se mobilizaram na área que é foco das tensões para tentar solucionar a crise. Os presidentes da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, do Conselho Europeu, Charles Michel, e do Parlamento Europeu, David Sassolli, viajaram para a Grécia, enquanto o chefe da diplomacia Europeia, Josep Borrell, viajou para a Turquia, para iniciar as negociações com o governo de Recep Tayyip Erdogan.

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