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Turquia continuará a combater curdos da Síria, diz premiê

Ahmet Davutoglu disse que seu país não permitirá que grupos que consideram ser terroristas 'realizem ações agressivas'; vice-presidente dos EUA exige que turcos suspendam ataques aéreos

Atualização:

ISTAMBUL - A Turquia manterá sua luta contra os curdos do Partido da União Democrática (PYD) na Síria - anunciou no domingo o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, em telefonema com a chanceler alemã, Angela Merkel, apesar dos apelos da comunidade internacional para que Ancara ponha fim aos bombardeios.

De acordo com os trechos da conversa divulgados pelo gabinete do premiê, a Turquia "não permitirá ao PYD realizar ações agressivas". Segundo a nota, Davutoglu disse a Merkel que "nossas forças de segurança responderam de maneira adequada e continuarão a fazê-lo".

Premiê turco, Ahmet Davutoglu, conversou com líder alemã por telefone Foto: EFE/Mikhail Palinchak/POOL

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No fim de semana, forças turcas dispararam contra alvos do PYD e das milícias curdas das Unidades de Proteção do Povo (YPG), no que seriam represálias por ataques desses grupos, considerados pelo governo turco "organizações terroristas".

No domingo, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu que os turcos parem os bombardeios, informou a Casa Branca.

Biden conversou por telefone com Davutoglu para destacar "os esforços americanos para convencer as forças curdas da Síria a aproveitarem as circunstâncias atuais para ocuparem mais territórios perto da fronteira com a Turquia", indicou a Casa Branca em comunicado.

O representante americano instou a "Turquia a mostrar moderação recíproca mediante a cessação de ataques de artilharia na região", acrescenta a nota. As divergências dos EUA e Turquia em relação ao papel das milícias curdas na Síria afetaram nas últimas semanas a relação entre os dois países, aliados no conflito sírio.

O governo turco criticou duramente os Estados Unidos por manterem contato com o YPD, que Washington trata como um aliado importante na luta contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI). / AFP e EFE

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