04 de janeiro de 2013 | 16h21
Na semana passada, o governo confirmou que a agência de inteligência (espionagem) da Turquia estava mantendo conversas com Ocalan para que ele convença o grupo que liderou, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) a se desarmar. Ocalan, capturado no final dos anos 1990 pela espionagem turca, foi condenado em 1999 à prisão perpétua. Ele desconta a pena na ilha prisão de Imrali, no Mar de Mármara.
Mesmo com as negociações, funcionários turcos disseram nesta sexta-feira que as operações não serão interrompidas por muito tempo. O exército turco luta contra o PKK desde 1984, quando começou a rebelião armada dos curdos, majoritários em províncias do sudeste e leste da Turquia. O conflito deixou pelo menos 30 mil mortos desde então.
Yalcin Akdogan, conselheiro militar do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje que "não está em questão a suspensão das operações militares" contra o PKK. "As políticas de segurança, nesse contexto, permanecem como um fator complementar", afirmou Akdogan.
Até agora, o governo turco não revelou nenhum detalhe sobre as negociações com Ocalan e também não se sabe o que Ancara ofereceu aos curdos, para que eles escolham o desarmamento na Anatólia.
As informações são da Associated Press.
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