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Turquia identifica um dos autores do duplo atentado em Ancara

Segundo o premiê Ahmet Davutoglu, 4 das 15 pessoas que foram detidas na investigação do ataque continuam presas

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Por Redação
Atualização:

ISTAMBUL - As autoridades da Turquia confirmaram a identidade de um dos responsáveis pelo duplo ataque terrorista na frente central da capital do país, Ancara, durante uma manifestação da oposição pró-curda que deixou 102 mortos, disse nessa segunda-feira o primeiro-ministro do país, Ahmet Davutoglu.

O premiê não revelou, porém, a identidade do terroristas, mas disse à emissora AHaber TV que as investigações sobre o segundo homem-bomba que se explodiu em meio à multidão ainda estão em andamento. Segundo Davutoglu, 15 pessoas foram detidas por terem conexão com os autores do ataque - dessas, 4 continuam presas.

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No noite de domingo, a justiça turca indiciou e prendeu quatro pessoas como parte da investigação do duplo atentado, informou a agência Anatólia. Os quatro suspeitos, que não tiveram as identidades reveladas, foram acusados de "fabricação de artefatos explosivos com a intenção de matar e tentativa de perturbar a ordem constitucional".

A promotoria de Ancara, por sua vez, libertou dois outros suspeitos e emitiu uma ordem de prisão contra nove pessoas, suspeitas de terem participado no ataque, o mais violento da história da Turquia. As autoridades turcas apontam o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) como o principal suspeito do ataque de 10 de outubro. 

Segundo a imprensa local, dois jovens turcos da cidade de Adiyaman (sul), reduto islamita, sejam os autores do ataque. Um deles é irmão do suposto autor de um ataque anterior atribuído ao EI, que deixou 34 mortos em julho, em Suruv, perto da fronteira síria.

Também no domingo, 50 estrangeiros foram detidos em Istambul durante uma operação contra redes jihadistas ligadas ao EI. De acordo com o canal NTV, a operação aconteceu no distrito de Pendik, bairro afastado que fica na margem asiática da cidade. A emissora não informou a nacionalidade das pessoas detidas.

A agência de notícias Dogan afirmou que os suspeitos pretendiam viajar para Iraque e Síria, com o objetivo de lutar para o EI.

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A poucas semanas das eleições legislativas antecipadas de 1º de novembro, parte da oposição critica o governo e o presidente Recep Tayyip Erdogan, acusado de não ter assegurado a proteção da manifestação pró-curda. Os críticos mais ferrenhos chegaram a acusar o governo de ter estimulado os autores do atentado. / REUTERS e AFP

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