06 de novembro de 2015 | 10h16
ISTAMBUL, TURQUIA - A polícia deteve 20 suspeitos com possíveis ligações com o Estado Islâmico (EI) na província mediterrânea de Antalaya, antes de uma cúpula do G20 que acontecerá neste mês, relatou a agência de notícias Dogan nesta sexta-feira, 6.
Entre os detidos, dois tinham nacionalidade russa e duas eram mulheres. Eles foram presos nas cidades de Alanya, Manavgat e na capital provincial Antalya, em uma batida simultânea em vários domicílios, informou o jornal Hürriyet.
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Pelo material confiscado, a polícia acredita que os suspeitos planejavam realizar atentados em nome do grupo extremista em Antalya. Além disso, foram confirmados seus vínculos com o EI na Síria e no Iraque.
As prisões foram as mais recentes em uma série de operações policiais contra possíveis militantes do Estado Islâmico na Turquia.
Nos dias 15 e 16 de novembro acontecerá em Antalya a cúpula do G20, que reúne os chefes de Estado e de governo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, assim como a presidente Dilma Rousseff, participam da reunião, junto com líderes de países como Alemanha, França, Grã-Bretanha, Espanha, Argentina e México.
Ataques suicidas na fronteira com a cidade síria Suruc e na capital Ancara, atribuídos a uma filial do EI, já mataram mais de 130 pessoas desde julho. A polícia deteve dezenas de pessoas ligadas aos jihadistas enquanto trabalha para evitar que militantes suspeitos cruzem a fronteira da Síria.
Na quinta-feira, autoridades prenderam 40 marroquinos e um sírio que voou do principal aeroporto de Istambul para Casablanca, sob suspeita de que o grupo queria utilizar o território turco para entrar na Síria e se unir ao EI. Metade dos detidos foram deportados, enquanto os outros ainda estão sendo interrogados.
A Turquia diz que já baniu a entrada de 20 mil suspeitos no país e deportou mais de 2 mil militantes estrangeiros. /REUTERS, EFE e ASSOCIATED PRESS
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