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TV estatal diz que Mubarak está em coma, mas médicos negam

Canal de TV estatal do Egito informa que ditador sofreu um derrame, mas hospital não confirma informação

Por Agência Estado
Atualização:

CAIRO - O ex-ditador do Egito Hosni Mubarak está em coma após sofrer um derrame cerebral, noticiou a televisão estatal local neste domingo, 17, citando seu advogado, Farid el-Deeb. A informação, no entanto, foi negada pelo chefe da equipe médica do hospital no balneário Sharm el-Sheikh, Assem Azzam, onde o ex-ditador de 83 anos está internado sob custódia.

 

"Eu verifiquei. Ele está em condição estável. O que aconteceu é que ele teve um mal estar, porque diminuiu a pressão sanguínea. Os médicos estão atendendo isso", disse Azzam.

 

 

Fonte: Khaled Elfiqi/ EFE

 

Segundo agências de notícias internacionais, mais cedo o advogado do ex-ditador informou na televisão que Mubarak sofreu um derrame cerebral. Ele afirmou que os médicos estavam tentando fazer Mubarak reculperar a consciência. "Ele está morrendo", disse o advogado.

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Mubarak está internado desde abril em um hospital no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho. Ele foi internado após ter tido problemas cardíacos     O ex-ditador será julgado em 3 de agosto sob a acusação de ordenar o assassinato de manifestantes durante a revolta de 18 dias que derrubou-o do poder no dia 11 de fevereiro. Estima-se que mais de 840 pessoas morreram durante as manifestações.     Se for considerado culpado, ele pode ser condenado à morte. Ativistas suspeitam que seu advogado pode estar usando problemas de saúde como uma manobra para influenciar a opinião pública a seu favor e talvez até obter uma anistia.

   

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Em 2010, Mubarak passou por um tratamento de câncer na bexiga e pâncreas. O advogado disse no mês passado que o ex-presidente poderia estar sofrendo com a recorrência da doença que, segundo ele, se espalhou para seu estômago. No entanto, dois médicos - um deles o chefe da equipe médica de Mubarak - afirmou que ele não tinha a doença.    

(Com informações da AP, da EFE e Reuters)

 

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