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TV iraquiana aponta uma morte em ataque

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma emissora iraquiana de tevê via satélite informou que uma mulher civil morreu no ataque de caças ingleses e americanos a radares no Iraque. Mas não há confirmação oficial da informação. O ataque, lançado por volta das 21h locais e ouvido em Bagdá, foi recomendado pelo chefe do Comando Central dos Estados Unidos general Tommy Franks. Segundo o general norte-americano Gregory Newbold, 24 aviões participaram do bombardeio de duas horas e meia, lançando "projéteis de precisão" contra cinco centros de controle de radar e todos voltaram a salvo para suas bases em "várias localidades do Golfo Pérsico". Como quatro dos cinco alvos ficavam fora da zona de exclusão meridional, o ataque precisou ser autorizado pelo presidente, disse Newbold. Fontes do Pentágono garantiram que os aviões aliados não saíram da zona para disparar os projéteis. Newbold disse que os sistemas de radar de longo alcance controlados pelos centros atacados tiveram sua freqüência e sofisticação ampliadas, passando a ser uma ameaça aos jatos norte-americanos e britânicos que patrulham a zona de exclusão ao sul do Paralelo 33 - uma das duas áreas criadas pelos Estados Unidos e aliados após a Guerra do Golfo para proteger as minorias curda (no norte) e xiita (no sul) das forças sunitas de Saddam. Em entrevista coletiva no Pentágono, Newbold assinalou que, nos últimos meses, os centros atacados vinham lançando cada vez mais mísseis antiaéreos contra aviões norte-americanos. "Eles estavam chegando cada vez mais perto de nossos aviões" afirmou. "Chegou uma hora em que era óbvio para nossas forças que elas teriam de conduzir esta operação para proteger os pilotos e os aviões", acrescentou. "Foi essencialmente uma medida de autodefesa." Newbold disse que não há planos para novos ataques semelhantes em breve. O governo iraquiano, que não se pronuncioou imediatamente sobre o ataque, não reconhece as zonas de exclusão e começou a desafiar o patrulhamento ocidental em dezembro de 1998, provocando a intensificação dos bombardeios. Desde então, segundo Bagdá, cerca de 300 pessoas morreram e 800 ficaram feridas nos bombardeios anglo-americanos.

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