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TV opositora na Venezuela nega que será fechada

Por AE
Atualização:

A direção da Globovisión, a única TV de notícias venezuelana crítica do governo do presidente Hugo Chávez, desmentiu ontem os rumores de que a emissora estaria sendo vendida e afirmou que não mudará sua linha editorial, apesar da polêmica renúncia de seu diretor, Alberto Federico Ravell, que sustenta ter sido forçado a deixar o cargo.A Globovisión afirmou em um comunicado, divulgado em sua página na internet, que "não mudou de acionistas" e "não tem proprietários distintos dos fundadores originais de 15 anos atrás". A TV também indicou que "mantém sua linha editorial". Chávez tem instigado as autoridades a tomar duras medidas contra a Globovisión que ele considera subversiva e acusa de conspiração e incitação ao ódio.A TV emitiu o comunicado em resposta às versões da imprensa dos últimos dias sobre uma possível venda de parte das ações da emissora por divergências entre seus proprietários. Os rumores sobre as negociações ganharam fôlego na quarta-feira com a renúncia de Ravell, diretor-geral e um dos principais acionistas do canal. A Globovisión confirmou a saída de Ravell e disse que ele continuará sendo acionista, mas minoritário.Também afirmou que, apesar da saída de Ravell - um duro opositor do governo -, "seguirá fiel a sua missão de ser a referência informativa da Venezuela e do mundo, e manterá seu compromisso de divulgar as notícias e seu habitual sentido de profissionalismo e responsabilidade social demonstrado até agora".Em mensagem no Twitter, Ravell disse, sem dar detalhes, que ele não havia renunciado, mas haviam exigido sua renúncia. Uma executiva da emissora disse à agência Associated Press que Ravell deixou a direção da Globovisión por causa de "divergências" com os outros acionistas. Os proprietários da Globovisión são, além de Ravell, o empresário Guillermo Zuloaga (acionista majoritário), o banqueiro Nelson Mezerhane e María Fernanda Flores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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