Ucrânia congela subsídios para áreas sob comando rebelde

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Por Redação
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A Ucrânia irá congelar o repasse de subsídios para os territórios ao leste do país, controlados por separatistas pró-Rússia, informou o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk nesta quarta-feira. O setor industrial nesta região, rica em carvão, há anos depende dos subsídios estatais para sobreviver, fazendo com que a decisão de Kiev piore as condições econômicas locais.Yatsenyuk afirmou que US$ 2,6 bilhões em apoio do governo federal não seriam repassados às áreas de Donetsk e Luhansk, mas não informou o período para o qual a execução da verba estava destinada. Segundo o primeiro-ministro, o pagamento de pensões e benefícios do governo aos habitantes do leste continuará após as forças separatistas se renderem."O dinheiro que pagamos a estes territórios hoje não chega às pessoas, mas é roubado por bandidos russos e isso não serviria para nada além de apoiar diretamente o terrorismo dos russos", disse Yatsenyuk. Apesar disso, ele declarou que o fornecimento de eletricidade e gás para a região continuará. "Esses são nossos cidadãos e o governo não permitirá que essas pessoas congelem, pois isso causaria uma catástrofe humanitária".O vice-ministro da Defesa Petro Mekhed afirmou nesta quarta-feira que a inteligência militar do país observou um aumento recente no número de soldados russos em Donetsk e Luhansk. Com receio de uma escalada no conflito, o presidente da Ucrânia Petro Poroshenko disse que mais tropas serão posicionadas ao leste para defender as cidades que ainda estão sob controle do governo.A Ucrânia defende que os rebeldes separatistas de Donetsk e Luhanks são apoiados por Moscou, que nega veementemente manter soldados e equipamentos em território ucraniano. No domingo, essas duas áreas realizaram eleições locais, sem o consentimento de Kiev, em uma ação que foi condenada pela comunidade internacional, mas reconhecida pela Rússia. Em retaliação, a chanceler alemã Angela Merkel indicou que mais líderes rebeldes do leste da Ucrânia podem ser adicionados às listas de sanções da União Europeia. Fonte: Associated Press.

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