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Ucrânia e separatistas vão criar zona de segurança

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Por Redação
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O governo da Ucrânia e separatistas pró-Moscou assinaram neste sábado um acordo sobre uma série de medidas para encerrar o conflito armado iniciado há seis meses e restaurar a estabilidade no leste do país.Pelo acordo, que foi assinado em Minsk, capital da Bielorrússia, será criada uma zona de segurança, onde serão proibidos voos de aviões militares. Além disso, todo os mercenários estrangeiros serão retirados da região e a Organização para a Segurança e Cooperação (OSCE, na sigla em inglês) vai estabelecer uma missão de monitoramento para garantir que os termos do pacto sejam cumpridos.O acordo tem como objetivo reforçar o cessar-fogo iniciado no leste ucraniano no último dia 5, embora ambos os lados tenham trocado acusações de violação da trégua. Autoridades ucranianas alegaram hoje que separatistas atacaram postos do exército durante a noite. Os rebeldes, por sua vez, afirmam que posições suas foram atacadas por forças do governo.Apesar dos episódios esporádicos de violência, há uma percepção de que o cessar-fogo está, de modo geral, sendo mantido."A diminuição do conflito já começou, a escala dos combates foi reduzida em 70%", afirmou o embaixador russo para a Ucrânia, Mikhail Zurabov, que participou das negociações em Minsk.Para o líder separatista da autoproclamada República do Povo de Lugansk, Igor Plotnitsky, o memorando assinado hoje vai levar a um "cessar-fogo pleno, nos dar a chance de viver com normalidade e segurança".O ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, que representou Kiev nas conversações, disse que a zona de segurança vai se estender por 30 quilômetros e que os armamentos pesados de ambos os lados terão de ser deslocados 15 quilômetros a partir dos limites da zona nas próximas 24 horas.A Ucrânia e o Ocidente acusam a Rússia de ter enviado soldados, instrutores e especialistas para ajudar os separatistas a conquistar o leste ucraniano, mas Moscou nega as alegações. A área controlada pelos separatistas ficará basicamente sob sua administração, de acordo com uma lei aprovada por Kiev na terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

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