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Ucrânia faz progressos em áreas tomadas por separatistas

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Forças ucranianas anunciaram nesta segunda-feira a tomada de quatro cidades que estavam sob domínio de militantes e que combatentes do reduto rebelde de Donetsk tentavam fugir usando roupas civis a bordo de carros roubados. O Ministério da Defesa Ucraniano disse em comunicado divulgado nesta segunda-feira que suas forças haviam retomado as cidades de Metalist, Oleksandrivsk, Bilye e Rozkishne, nas proximidades da cidade de Lugansk e encerrado um bloqueio rebelde a um aeroporto no subúrbio da cidade. Os confrontos no leste ucraniano se intensificaram após um violento ataque na semana passada, durante o qual os rebeldes usaram um lançador de foguetes montado sobre um caminhão - aparentemente vindo da Rússia - para destruir um acampamento de soldados ucranianos perto da fronteira, ataque de segundo as autoridades ucranianas matou 19 soldados e feriu 93. O presidente ucraniano Petro Poroshenko prometeu esmagar as forças rebeldes, que enfrentam as forças ucranianas desde abril. Além dos ataques aéreos e de artilharia no final de semana, as tropas ucranianas avançaram para os subúrbios de Donetsk e Lugansk. O Ministério da Defesa indicou que o avanço das forças do governo fez com que alguns combatentes fossem embora. "Alguns militantes estão tentando fugir de Donetsk por causa do avanço das forças. Eles têm usado roupas não militares e roubado automóveis dos cidadãos". Um porta-voz dos rebeldes de Donetsk negou a acusação. As aparentes vitórias ucranianas acontecem em meio a rumores sobre possíveis ataques militares na região. No domingo, Moscou acusou forças ucranianas de matar um civil ao atacar uma casa do lado russo da fronteira na região de Rostov e advertiu sobre "consequências irreversíveis" para Kiev. Autoridades ucranianas negam envolvimento no caso. O vice-ministro de Relações Exteriores russo, Grigory Karasin, chamou o incidente de "agravamento qualitativo do perigo" para cidadãos russos, algo que exige uma resposta. Nesta segunda-feira, o jornal russo Kommersant informou que a Rússia estuda lançar "ataques retaliatórios de precisão", citando uma fonte anônima do Kremlin. Vladimir Markin, porta-voz do Comitê Investigativo da Rússia, disse à agência de notícias Interfax, que a Rússia usaria informações de satélite para determinar que unidade das forças ucranianas disparou contra a casa na fronteira. O porta-voz rebelde na região de Lugansk, Konstantin Knyrik, disse à agência Interfax que 30 militantes morreram com o avanço das forças ucranianas sobre Oleksandrivsk. A Câmara Municipal de Lugansk informou em comunicado que três moradores locais morreram e 14 ficaram feridos como resultado de confrontos ocorridos no domingo e nesta segunda-feira. Segundo a Câmara, cerca de 5 mil moradores ficaram sem energia elétrica por causa do confronto e algumas vilas estavam sem gás, mas que os trabalhos para a retomada do fornecimento já estavam sendo realizados. Fonte: Associated Press.

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