Ucrânia liberta segundo grupo de observadores

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Moscou - Insurgentes pró-Rússia libertaram neste sábado o segundo time de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), cujos membros vinham sendo mantidos reféns desde o final de maio, informou a organização. O porta-voz da entidade, Michael Bociurkiw, informou que quatro observadores foram soltos e se encontraram com um oficial da OSCE na cidade de Donetsk. "Eles estavam com boa saúde e se sentindo bem", disse. A OSCE perdeu contato com os quatro observadores de seu time de Donetsk e quatro outros do time de Luhansk no final de maio. Os membros do time de Donetsk haviam sido libertados mais cedo esta semana. Neste sábado foram soltos os de Luhansk. A segunda libertação ocorreu depois de uma conferência da União Europeia na sexta-feira, na qual líderes decidiram não impor imediatamente sanções a Rússia pela desestabilização do leste da Ucrânia. Em vez disso, foi dado ao governo russo e aos insurgentes pró-Rússia um prazo até segunda-feira para que a situação melhorasse. Os líderes disseram que a Rússia e os rebeldes deveriam trabalhar para a libertação de todos os detidos e a retirada de postos de fronteira. Pediram ainda que houvesse acordo sobre uma forma de verificação do cessar-fogo e lançamento de "negociações substanciais" sobre o plano de paz do presidente ucraniano Petro Poroshenko. "Cumprimos nossas obrigações com o lado ucraniano, todos os observadores foram libertados", disse Alexander Borodai, um dos líderes dos insurgentes, segundo reportou a agência de notícias Interfax. Na sexta-feira, a Ucrânia assinou um acordo de livre comércio com a União Europeia, o mesmo acordo que o ex-presidente ucraniano rejeitou diante da pressão de Moscou em novembro, o que alimentou os protestos que culminaram com sua retirada do poder. Moscou respondeu a esses eventos anexando a península da Crimeia, cuja população, em sua maioria, é de falantes de russo. Rebeldes pró-Russia passaram a agir no leste da Ucrânia na sequência. Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram barreiras a viagens e congelamento de bens de pessoas próximas do presidente russo Vladimir Putin e ameaçaram a imposição de sanções mais rigorosas contra setores inteiros da economia russa se o Kremlin falhasse em diminuir a crise. Mais cedo neste sábado, o ministro de Relações Exteriores da Rússia acusou os Estados Unidos de encorajarem a Ucrânia a desafiar Moscou e de influenciarem a União Europeia. Falando a rede de televisão, Sergey Lavrov afirmou que "os colegas americanos ainda preferem levar a liderança ucraniana a um caminho de confronto". Fonte: Associated Press.

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